Estudo da iStock apontou que as pessoas transgêneros só foram representadas em menos de 1% do conteúdo mais baixado do site

A busca por representatividade trans aumentou 129% entre 2021 e 2022, de acordo com uma pesquisa realizada pela iStock, com a plataforma VisualGPS Insights.

Apesar do aumento nas pesquisas, o estudo apontou que as pessoas transgêneros só foram representadas em menos de 1% do conteúdo mais baixado na plataforma de fotos e que a maioria das imagens relacionadas aos termos “lgbt” ou “trans” mostram cenários com bandeiras de orgulho, demonstrando falta de profundidade cultural e autenticidade na forma como as histórias LGBTQ+ estão sendo abordadas.

“As imagens LGBTQ+ mais populares mostram celebrações de orgulho, e embora isso tenha sido importante alguns anos atrás, as marcas agora precisam se concentrar em tornar o LGBTQ+ mais prevalente na sociedade. Os resultados da pesquisa no VisualGPS Insights mostram que há muito pouco conteúdo que coloque as histórias do coletivo LGBTQ+ diretamente na cultura latino-americana”, afirmou Federico Roales, Creative Researcher da iStock.

O levantamento também revelou que os consumidores são muito mais propensos a ver pessoas da comunidade trans retratadas como vítimas de violência, do que em um ambiente diário com suas famílias ou mesmo "curtindo a vida".

Segundo Roales, é importante que o público veja uma variedade maior de histórias visuais positivas protagonizadas por pessoas da comunidade trans e as marcas podem ajudar a preencher essa lacuna.

A análise levou em consideração o contexto atual da comunidade transgênero na América Latina e observou que, embora a representação e a cobertura trans nas políticas públicas e nos principais meios de comunicação nunca tenham sido tão frequentes, os países latinos estão tem um longo caminho para percorrer.

De acordo com o The Visibility Project da GLAAD, 81% dos anunciantes e 41% das agências estão preocupados com a representação inautêntica da comunidade e da cena LGBTQ+ e, segundo o VisualGPS, 68% dos consumidores não-LGBTQIAP+ preferem comprar de empresas que representem a comunidade nos conteúdos visuais.