A CCO Tatiana Pacheco também falou sobre as estratégias para atrair novos clientes e talentos
Há pouco mais de quatro anos na Cheil, Tatiana Pacheco tem dois principais desafios: mostrar que a agência é uma provedora de serviços de marketing diversos, com uma operação robusta de CRM, entre outras especialidades, e vai além do atendimento à Samsung - a Cheil foi inicialmente fundada para ser uma house da big tech, mas hoje é global e atende vários clientes também.
“Tenho um leque de prestação de serviço extremamente diverso. Tem o ATL, mas eu tenho eventos, área de games e live commerce, por exemplo. Estou desenvolvendo agora um mercado que é de afiliados”, diz a COO da Cheil Brasil.
Outras metas: atrair novos clientes e talentos, e tirar a percepção de que a agência tem um ambiente mais árido para trabalhar, devido à origem coreana. Segundo ela, hoje o turnover está em 5%.
Quais são as suas expectativas de mercado? Você responde pela operação da Cheil, certo?
Eu respondo por toda a operação e reporto para os coreanos. A expectativa é de crescimento e desenvolvimento de novos negócios. É uma pena que o mercado não conheça tão bem o que é a Cheil. Temos uma estrutura de prestadora de serviços de marketing. E qual é a diferença? Por que isso é importante? Eu tenho um leque de prestação de serviço extremamente diverso. Tem o ATL, mas eu tenho eventos, área de games e live commerce, por exemplo. Eu estou desenvolvendo agora um mercado que é de afiliados. Estamos expandindo os serviços para toda América. As expectativas são grandes do ponto de vista de crescimento de novos pilares de marketing. Quanto a faturamento, sem dúvida nenhuma, eu tenho uma meta mais agressiva do que o ano passado, mas muito mais difícil de acontecer por ter uma variação de dólar que esse ano impacta a todos. Estamos focados em crescer com novos pilares dentro desse capacity de serviços, que é muito one stop shop agency, porque é importante como faturamento. No ano passado, foi tudo ótimo. Mas a variação cambial este ano certamente é desfavorável para todo mundo. E não sou só eu. Todo mundo que tem de fazer reporte para fora vai passar por isso.
E como foi o ano passado?
Tivemos crescimento na prestação de serviços e a entrada de novos clientes. No ano passado, a gente iniciou um relacionamento com o BDF, com as marcas Eucerin e Nivea, e inclusive estamos expandindo este ano o serviço dentro do universo de plataformas digitais. Isso dá uma elasticidade maior. A combinação de muitos serviços de marketing facilita o crescimento orgânico. Começamos o atendimento à Eucerin para fazer toda parte de mídia de performance, social e CRM.

E este ano a gente cresce para estender o serviço com Nivea, para trabalhar principalmente na parte de SEO, para o mercado brasileiro e de mídia paga. Essa área de plataforma digital representa quase 50% do meu volume total de funcionários. É uma área que cresce. Hoje, estamos com cerca de 320 funcionários, sendo que a metade deles está dentro do setor de plataforma digital. É uma operação robusta, mas é uma operação mais técnica.
Além de Samsung, quais outros clientes vocês atendem?
Estamos com Eucerin e Nivea, mas a gente faz alguns projetos para Alpargatas e JBL. E estou em dois pitches, em negociação final. Isso do ponto de vista do Brasil. Mas quando você cresce para a América Latina, aí sim, a gente trabalha com outros clientes. Eu tenho um banco no Chile e uma indústria automobilística. O objetivo agora é, além do crescimento de prestação desses serviços diversos, uma expansão em busca de outros clientes. Um dos meus trabalhos pessoais é fazer com que as pessoas conheçam a Cheil para além da Samsung.
Mas hoje a Samsung representa quanto para a agência?
A maior parte. A Cheil faz cross para o grupo inteiro. Eu trabalho com todas as unidades de negócio, com a América Latina, e aí entram serviços de A a Z para a Samsung. Mas existem outras agências também, porém, pela diversidade do portfólio, eu cubro muitas áreas.
E vocês são responsáveis pela compra de mídia da Samsung?
Hoje, toda mídia offline da Samsung está concentrada na Cheil. A mídia digital é mais pulverizada.
Você responde por toda a América Latina?
Eu tenho uma gestão do ponto de vista de qualidade da prestação de serviço dos escritórios da América Latina, mas do ponto de vista financeiro, não. Dentro da estrutura, sempre tem o líder local, que está conectado com o diretor-financeiro local por conta de todas as variações financeiras de cada mercado. Mas tem um olhar da América Latina que é minha responsabilidade, pelo cross experience entre as unidades. Vou dar um exemplo. Aqui no Brasil, tenho uma excelência na operação de CRM e live commerce. E agora vou expandir isso para a América Central. O México tinha uma experiência muito grande na parte de commerce. A ideia é captar essa experiência e levar para os outros mercados. Este olhar é de muito produtividade mesmo.
E aqui no Brasil, qual é o principal centro de excelência?
O centro de excelência é a plataforma digital. CRM, muito com a parte de martech, live commerce e essa área de afiliados, que eu estou desenvolvendo.
Leia a entrevista completa na edição do propmark de 12 de maio de 2025