Contratações e nova sede: Cinerama se reformula aos dez anos

Prestes a completar dez anos, a produtora carioca Cinerama Brasilis mudou de sede e de marca. “Faz parte do nosso plano de negócios a cada cinco anos mudar. Aprendemos a fazer os acertos necessários para apresentar ao mercado uma produtora bem estruturada e com vários talentos”, explica Mário Nakamura, sócio-fundador da produtora. A nova sede, de 650 metros quadrados, está localizada em Botafogo. “Com a nova lei 12.485, teremos um aumento na demanda de conteúdo, e há também enorme expectativa em relação à Copa do Mundo e Olimpíadas”, diz Nakamura.

Atentos à nova demanda, ele e a diretora executiva da produtora, Vera Oliveira, contrataram Aarão Marins (ex-Link Digital), para um projeto específico de finalização. Foi montado um servidor de 48tb interligando todas as 16 ilhas de edição, o que possibilita maior velocidade na pós-produção. A produtora também criou um departamento de color grading e motion graphics, com dois equipamentos Smoke (usado para composição e efeitos digitais) e uma mesa de correção de cor com o software Da Vinci.

“Como todo o processo de captação hoje é HD, é importante ter essa estrutura de finalização na produtora. Por isso contratamos Tarcício Leite (ex-Yes, Vitória Régia) para a coordenação de finalização e o finalizador Luiz Méliga (ex-Conspiração). Ambos se juntam a Tássia da Hora no departamento”, explica Nakamura. A produtora também contratou quatro editores, um designer para o After Effects e um editor de Smoke. Para a área de TI, a produtora conta com a consultoria do próprio Aarão Marins. Completando o time, Tais Quadros (ex-Proview) assume a coordenação de produção.

Nakamura afirma que o core business da produtora continua sendo a propaganda, mas que outras áreas vêm crescendo paralelamente, como a corporativa e a de entretenimento. Para coordenar essas novas áreas, a Cinerama contratou Monique Bodim como produtora e executiva de desenvolvimento, o que resultou na produção da série “Faixa de areia Brasil” para o Canal GNT. A Cinerama também foi selecionada para o edital da TV Cultura entre quase 200 projetos e está com três projetos de longas-metragens e 14 para TV. “Agora é trabalhar para colocar todo esse conteúdo em exibição”, diz Nakamura.

Ele afirmou ainda que hoje os clientes procuram a produtora em busca de soluções mais completas, que englobam web e mobile. Por isso, está sendo criada uma nova empresa, a Black Box Transmedia, uma produtora de informações e conteúdos relevantes, conforme descreve Nakamura. “Na publicidade, acredito que o branded content será parte do planejamento de marketing dos anunciantes. A experiência audiovisual está em plena modificação e os meios de exibição estão se reinventando. Mudança de comportamento, de tecnologia, de produtos, de consumo, de formação e de informação. O mundo produz uma quantidade enorme de conteúdo transmidiático. A tão falada convergência esta aí e os smartphones, tablets, smart TVs, TVIP, portais e várias outras mídias estão presentes todo o tempo. Acreditamos que as pessoas irão buscar informações bem particulares e relevantes. Conteúdos específicos, segmentados e de confiabilidade. O formato não será apenas um, mas vários”, conclui.

Outra mudança importante aconteceu na área administrativa e financeira. A produtora implementa um software de administração e produção onde todos poderão acessar os jobs de qualquer parte do mundo. Nesse processo, Ana Lea Cass (ex-Tec Cine) assume como gerente administrativa e financeira. Para o departamento de finanças foi contratado Osmar Martins (também ex-Tec Cine). Atualmente, os diretores da produtora são Felipe Joffily — que dirigiu os longas “Muita calma nessa hora” e “E aí, comeu?” —, Rodrigo Van Der Put, Paulo Netto e Bruno Duarte e Daniel Vargas.