A Copa do Mundo 2014, que acontece de 12 de junho a 13 de julho em 12 capitais do país, deve gerar nada menos que R$ 25,2 bilhões em gastos de turistas, sejam eles brasileiros ou estrangeiros. Os dados são da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), que espera receber para o evento 3,6 milhões de pessoas entre deslocamentos nacionais e internacionais – exatamente metade dos 7,2 milhões esperados para todo o ano em questão.
O montante é 28 vezes maior que o arrecadado durante a JMJ (Jornada Mundial da Juventude), realizada no início do mês no Rio de Janeiro, que arrecadou, segundo a entidade, cerca de R$ 900 milhões – oriundos da participação de 1,3 milhão de pessoas. O gasto foi ainda maior que a expectativa inicial da Embratur, de R$ 660 milhões.
A maior parte dos turistas dedicados a acompanhar a Copa 2014 deve ser de brasileiros. O instituto espera o deslocamento de 3 milhões de turistas locais em viagens com ligação direta ao evento, os quais movimentarão, segundo suas estimativas, R$ 18,3 bilhões. Já o número de estrangeiros deve ficar em torno dos 600 mil, o dobro dos que embarcaram rumo à África do Sul em 2010, injetando mais R$ 6,9 bi.
As estimativas consideraram consideram uma estadia média de 10 dias nas cidades-sedes – que aumenta para duas semanas no caso de turistas estrangeiros. O Rio de Janeiro e Brasília são as cidades mais caras entre as 12 capitais, com gasto médio diário de R$ 824 por pessoa, incluindo aí alimentação, hospedagem, transporte e compras. Em seguida aparecem Belo Horizonte (R$ 709) e São Paulo (R$ 645). Entre as mais baratas estão Natal (R$ 412) e Curitiba (R$ 422).
São Paulo deve receber o maior número de turistas, 595 mil, que movimentarão R$ 3,84 bilhões. Em seguida aparecem Rio de Janeiro (423 mil, R$ 3,52 bilhões), Brasília (202 mil, R$ 1,67 bi), Belo Horizonte (216 mil, R$ 1,53) e Fortaleza (283 mil, R$ 1,51 bi). As duas de menor visitação – e consequentemente de menor movimentação de valores) serão, segundo estimativas da Embratur, Cuiabá (122 mil, R$ 660 milhões) e Manaus (95 mil, R$ 460 milhões).
*com informações da Folha de S.Paulo