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Mais do que um site onde as pessoas entram para ver se vai chover no final de semana, a Climatempo quer consolidar-se como plataforma de mídia e mostrar ao mercado as vantagens de se investir em uma empresa que atua há mais de 30 anos na área de assessoria meteorológica.

Em 2018, a receita da Climanet, área da Climatempo que coordena as ferramentas digitais da empresa, ultrapassou R$ 8 milhões, crescimento de cerca de 30% em relação ao ano anterior. Segundo Rafael Bruno, head de digital da empresa, isso se deve ao aprofundamento na relação com players de mídia programática, o que possibilitou oferecer aos clientes serviços e formatos diferenciados de publicidade. “A gente entende que não pode só comunicar o tempo, mas ajudar os usuários a entender como isso vai impactar de forma prática o seu dia a dia”, explica.

Dessa forma, a plataforma possui opção de segmentação que cruza informações entre perfil de público e previsão meteorológica. Quando começa a chover em São Paulo, por exemplo, a comunicação de app de taxis se torna relevante para os usuários do local. Quando o clima está muito quente, protetores solares e até mesmo repelentes, de acordo com o nível de proliferação de mosquitos (que também é previsto pela Climatempo) chamam atenção.

Além de site que atrai entre 15 e 18 milhões de usuários por mês, a empresa aposta ainda em seu app interativo, uma espécie de “Waze da meteorologia”, que já conta com mais de 1,2 milhão de usuários. Por seu caráter colaborativo, o produto serve como ferramenta para que a Climatempo consiga aperfeiçoar a previsão do tempo com maior precisão para locais específicos, como cidades ou mesmo bairros.

A companhia criou também um departamento de BI com link direto com a OPEC para oferecer um diferencial competitivo no processo de entrega de mídia com segmentação climática e também na atuação de mídia programática.

Ainda de acordo com Rafael, outro fator que contribuiu para essa movimentação da Climatempo foi a internalização da área comercial. “Nosso produto é conhecimento, e conseguimos agora levar esse conteúdo às agências e anunciantes de forma mais assertiva, além de oferecer novas soluções de mídia para quem já é parceiro na área de consultoria”, revela o executivo.

Para 2019, as expectativas da empresa continuam altas: “Temos planos de investir em branded content, com conteúdos sobre clima em diversas indústrias em eventos e fóruns. Queremos levar mais valor com dados estratégicos aos nossos clientes e crescer ainda 20% nesse ano, isso em uma previsão conservadora”, reforça.