A Dove lançou uma iniciativa que busca incentivar a inclusão de corpos nas praias do Rio de Janeiro inspirada nas respostas de uma pesquisa realizada pela empresa e executada pelo Instituto Idea.

De acordo com a pesquisa, 51% de pessoas PCD e 42% de pessoas gordas e “fora do padrão” já deixaram de frequentar o local por limitações de estrutura, por isso, a marca desenvolveu modelos de cadeira de praia para abranger uma diversidade maior de corpos e acessíveis para PCDs.

Além disso, o estudo também apontou que 20% das pessoas gordas entrevistadas não desfrutam de ir à praia por simplesmente não caberem nas cadeiras de praia; e para 50% das pessoas com deficiência, por falta de estrutura.

“Nossa missão é questionar a sociedade sobre os padrões estabelecidos e sobre a maneira como ela enxerga ou deixa de enxergar corpos marginalizados. Quando vemos que a praia, um local que deveria ser o mais democrático e acessível para todos, na realidade, não corresponde a isso, temos um problema e precisamos priorizar a criação de espaços inclusivos”, afirmou Paula Paiva, líder de Digital e Mídia de Dove.

As cadeiras estão disponíveis no "Espaço Dove — Um Lugar ao Sol", localizado na praia do Leme, no Rio de Janeiro, a partir do dia 8 de março, de forma gratuita. Além desta, a ação também acontecerá nas praias do Arpoador, de Ipanema e do Leblon.

O espaço, que fica aberto até o dia 7 de março, também oferece banheiros não-binários e mais espaçosos, rampas de acesso a praia e cadeiras anfíbias, com fisioterapeutas, para possibilitar que as pessoas cadeirantes entrem no mar de forma segura. Após o dia 7 de março, as cadeiras serão disponibilizadas para os barraqueiros da orla do Rio de Janeiro.

“Ao darmos voz a essas pessoas e descobrirmos que muitas delas não frequentam a praia por uma questão de acessibilidade, é preciso provocar e pensar em soluções que garantam o direito de frequentar e pertencer. Essa é a proposta do ‘Espaço Dove: Um Lugar ao Sol’, que nasce para que diferentes perfis e necessidades possam estar na praia, na areia ou em qualquer lugar, permitindo acesso a quem não estava lá e propondo reflexão a quem já frequenta o local”, concluiu Paula.