Apesar da terrível pandemia do coronavírus, o mercado publicitário brasileiro, com alguma dificuldade, consegue se movimentar e repetir as boas iniciativas das quais sempre foi titular.

Assim é que, das regionais do famoso Prêmio Colunistas, o publicitário Fernando Vasconcelos, responsável pelo evento do Distrito Federal desde o início da premiação em Brasília, saiu na frente este ano e já vai lançar no mercado local essa famosa versão, que oferece aos participantes uma característica incomum de serem trabalhos do governo os que mais se inscrevem, embora a premiação esteja aberta para todos.

Fernando Vasconcelos explica que “diante de uma situação nunca antes vivida, globalizada e compartilhada mundialmente, precisamos tomar decisões importantes, que constroem ou paralisam alguns projetos. Vamos, pois, em frente, não interrompendo uma história de mais de cinco décadas seguidas, reconhecendo e premiando a criatividade brasileira”.

É bom lembrar aos leitores mais jovens que foi a partir das regionais do Colunistas espalhadas pelo país que o mercado se entusiasmou a inscrever no Cannes Lions, consagrando-se com isso possuidor de uma das mais qualificadas atividades publicitárias do planeta.

Fernando Vasconcelos chama a atenção do público leitor do PROPMARK que, após realizados os julgamentos, haverá a famosa festa de entrega dos prêmios aos vencedores, que em Brasília costuma extrapolar.

Vasconcelos lembra ainda a importância da revelação de novos talentos, com trabalhos criados para novas mídias, que mostrarão que “vale muito a pena” brigar contra uma situação difícil, para valorizar profissionais, enaltecer marcas e cumprimentar clientes anunciantes.

São razões fortíssimas para fomentar a indústria criativa da qual o Brasil tanto precisa. As inscrições serão abertas dia 16/9 e encerradas em 21/10 pelo site www.colunistas.com. Serão trabalhos produzidos de 01/01/2019 a 30/07/2020.


O mercado publicitário brasileiro já está anotando uma data significativa para a indústria da comunicação no país: 19 de fevereiro de 2021, centenário de lançamento do primeiro jornal do Grupo Folha, a Folha da Noite, que em 1960 se tornou a Folha de S.Paulo.

Em meio à trajetória de sucesso do Grupo Folha, uma passagem gloriosa do PROPMARK por lá, encartado na Folha da Tarde (após deixar o extinto Diário Popular), reforçando sobremodo o vespertino do Grupo.
Nosso PROPMARK, até então Propaganda & Marketing, ao sair mudou seu nome para o atual PROPMARK, com circulação independente e uma série de iniciativas em prol do mercado, que as amarras, embora justas, da grande empresa jornalística que o abrigou, nem sempre permitiam (o que sempre foi por nós compreendido).


O governador de São Paulo, João Doria, que na sua carreira profissional havia trabalhado em várias agências, além de ter sido sócio majoritário do Grupo Doria, promotor de famosos e bem-sucedidos eventos como o Fórum de Marketing Empresarial, que já há alguns anos se realiza no Guarujá (SP), declarou ao PROPMARK não concordar, além de não entender, com a decisão desse mercado de manter fechadas as agências, sem previsão (ainda) de abertura, quando praticamente todas as grandes, médias e pequenas empresas de outros setores estão já liberadas para trabalhar.

A alegação, segundo seus responsáveis, parte dos funcionários, que reclamam do receio de contaminação.

Uma classe extremamente culta e inteligente está facilmente verificando que as medidas de proteção em outros segmentos laborais têm dado excelentes resultados, com seu público interno tomando as precauções, principalmente de distanciamento, para não correrem risco.

Risco verdadeiramente ainda se corre no transporte público lotado, nas praças e casas noturnas com shows para os seus expectadores, nas praias do nosso litoral, como vimos no último fim de semana.

Mas, em agências de propaganda, onde a inteligência predomina, não deveria haver motivo para esse temor, pois cada um sabe cuidar de si. É uma pena que se instalou esse clima de medo no mercado publicitário, prejudicando o aumento do desenvolvimento dos trabalhos criativos que poucos países como o Brasil sabem produzir.

As agências, produtoras e outras casas auxiliares do setor, assim como alguns grandes clientes que resolveram aderir ao confinamento, retardando sem querer a volta da normalidade e prejudicando economicamente todo o setor da comunicação, devem reabrir suas portas para que inclusive fique demonstrado o enfraquecimento do risco de contaminação, cada vez mais visível nos principais mercados brasileiros.

Nossa publicidade, a bem da verdade, está cedendo a outros segmentos (meios) da comunicação, que viram e prosseguem vendo no coronavírus a grande oportunidade de crescerem ainda mais e dominarem o nosso mercado, destruindo ou obstaculizando o que o Brasil tem de melhor, que é a sua comunicação publicitária.

O Cannes Lions que o diga, nestes últimos anos.

(Ao encerrar este tópico, outra importante declaração do governador paulista João Doria sobre o problema: “As agências têm de se manter abertas, ajudando com a sua criatividade e seus trabalhos de comunicação hoje respeitados no mundo inteiro a colocarmos definitivamente um fim nessa pandemia. A guerra tem de ser ganha pelos bons”.).


Imperdível nesta edição matéria com a diretora de marketing do banco BV, Claudia Furini, que conta sobre a estratégia da marca desenhada pela SunsetDDB diante da pandemia e fala do conceito bank as a service.


Igualmente imperdível a matéria sobre o êxito das agências brasileiras no atendimento a clientes de diversos segmentos no exterior. Nosso país fica cada vez mais imbatível.