Diretor do Itaú afirma que o marketing tem de estar aberto ao erro (sempre dá para aprender) e ao não deslumbramento (dá para fazer melhor)
Um dos executivos de marketing mais admirados do Brasil – em 2016 ficou em primeiro lugar na lista da Scopen –, Eduardo Tracanella não se considera um CMO de sucesso e, sim, por vezes, nos melhores momentos, “estou um CMO de sucesso”.
“Trago para minha carreira algo que aprendi construindo marcas: melhor o valor consistente ao longo do tempo do que o sucesso efêmero. A segunda reflexão é sobre a sigla em si – acredito que um CMO está no caminho certo quando o valor e o significado do que faz é mais potente do que a sigla que define seu cargo. O que quero dizer aqui é que marketing é sobre pessoas e pessoas são muito mais complexas do que marketing. Hoje, o sucesso da minha profissão talvez se aproxime da capacidade de entender isso e fazer uma combinação potente entre o de sempre e o novo que nasce todos os dias na cultura, na tecnologia e na busca das pessoas por significado e propósito”, simplifica o diretor de marketing do Itaú Unibanco.
Sob a sua liderança, o banco figura novamente como a marca mais valiosa do Brasil, na lista da Brand Finance, é a única brasileira entre as 500 mais valiosas do mundo e tem sido um dos anunciantes mais recorrentes na mídia com suas campanhas que sempre geram buzz.
“A despeito de tantas dificuldades, 2023 está se configurando como um grande ano para o Itaú Unibanco – não somente pelos sólidos resultados que obtivemos até aqui, mas também pela forte aceleração de nossa agenda de transformação cultural. Quando se trata do nosso marketing, seria injusto citar apenas alguns projetos num ano de tantas conquistas. Diria que o maior feito foi termos encarado juntos o desafio de ao mesmo tempo entregar 2023 e construir os enablers para sermos a melhor área de marketing também para o Itaú do futuro. Terminamos o ano com o time mais talentoso e forte que eu já liderei em minha carreira”, exalta ele.
Sem meias-palavras, Tracanella responde o que o fez chegar até aqui. “Acho que é uma combinação de sorte, valores e consistência. Sorte porque tive e tenho a sorte de estar no lugar certo, na hora certa e ao lado das pessoas certas. Valores porque sempre acreditei que dá para ser a mesma pessoa no trabalho e em casa e é possível trabalhar sério de um jeito leve e sem perder a linha ou abrir mão dos meus valores. Consistência porque, para mim, a carreira não é o mais alto e nem o mais baixo que chegamos, mas o resultado da história que verdadeiramente pode se contar sobre nós, sobre nossa marca. E marca forte para mim passa inevitavelmente por resiliência, persistência e consistência.”
Leia a matéria na íntegra na edição de 13 de novembro de 2023