Festival conhecido por reunir os gurus da tecnologia dá lugar para especialistas do comportamento, que advertem sobre saúde mental
O South by Southwest (SXSW) é uma fagulha progressista acesa em pleno reduto conservador do Texas, no Sul dos Estados Unidos. Talvez a Califórnia, por seu perfil histórico mais liberal, fosse o destino mais óbvio. Mas foi na capital texana, Austin, que o evento nasceu. Dos corredores do jornal ‘The Austin Chronicle’, o SXSW cresceu com a vontade de falar sobre o futuro do entretenimento e da mídia.
Quase 40 anos depois, abraça a diversidade, alerta para a crise climática, enaltece a ascensão de grupos minoritários, indica o impacto de tecnologias e espalha histórias que inspiram. O festival forjado na música se consolidou como ambiente de inovação, com futuristas, gurus do marketing e autoridades da tecnologia, que arrastaram uma legião de 3.852 palestrantes em 1.702 painéis no passado.
Os números oficiais de 2025 ainda não saíram, mas entre as sessões mais disputadas estavam as de Amy Webb, Ian Beacraft, Michelle Obama e seu irmão Craig Robinson, Amy Gallo, Jay Graber, Jim Louderback, John Maeda, Scott Galloway e Meredith Whittaker.
Hoje, o festival desvenda as nuances do comportamento e das conexões humanas diante do exército de robôs que se avista no horizonte tomado pela inteligência artificial. A mesma tecnologia que elevou a conectividade, hoje isola as pessoas, desencadeando uma epidemia de solidão. Esse foi um dos alertas mais comentados no evento.
“Não tente enfrentar isso sozinho. Não deixe a solidão tomar conta. Procure a sua comunidade. Temos muitas opiniões, mas nenhuma resposta nestes tempos difíceis”, comenta Craig Robinson, diretor-executivo da National Association of Basketball Coaches (NABC) e apresentador do podcast ‘Higher ground: Ways to win’, irmão de Michelle Obama.
Ambos contaram a história de união da família em torno dos esforços do pai, Fraser Robinson que, mesmo com um diagnóstico precoce de esclerose múltipla, teve de trabalhar para sustentar a família. “A vulnerabilidade nos faz pensar em situações adversas, sobre como aprendemos a superar dificuldades. Temos de amar as pessoas que nos cercam, assim, a adversidade se torna relativa”, lembra Robinson.
Leia a matéria completa na edição do propmark de 17 de março de 2025