CEO e CCO da BETC Havas conta qual foi o fator marcante na história da agência, reputação e como o Brasil inspira a rede
Há 10 anos Erh Ray deu um novo passo na sua carreira quando se uniu à BETC Havas para ser sócio e líder da operação brasileira da marca criativa criada em Paris por Rémi Babinet.
Em 2012, ele deixou a sociedade que mantinha com José Henrique Borghi, na BorghiErh Lowe, para seguir caminho independente, mesmo em um grupo internacional.
Seu plano era dar vazão às ideias com criatividade como combustível para crescimento de marcas e, consequentemente, da reputação da agência e dos seus profissionais.
Foi com esse asset que tornou a campanha ‘Mamíferos’ referência para a Parmalat e o iDigital como adorno para o Itaú há cerca de duas décadas.
Já na BETC Havas, ajudou a conceber a ação ‘HerShe’, para Hersheys, que transformou barras de chocolate em arte e, também, em plataforma de empoderamento feminino.
Qual é o fator marcante na trajetória de uma década da BETC Havas no Brasil?
A agência sempre se destacou por unir criatividade e negócios de forma autêntica, sem fórmulas prontas. Ao longo desses dez anos, construímos uma agência que entrega inovação, consistência e impacto, tanto para marcas quanto para a cultura. Nossa obsessão por boas ideias e nossa capacidade de adaptação nos trouxeram até aqui, consolidando a agência como uma das maiores do país.
Como foi construída a reputação da agência, que nesse período se tornou uma das líderes de negócios e de criatividade?
Criatividade sem resultado é arte. Negócio sem criatividade é commodity. Sempre acreditamos que a criatividade é um ativo de negócios. Esse pensamento nos guiou desde o início, garantindo que entregássemos campanhas que não só performam, mas também criam conversas e impacto cultural. Além disso, sempre tivemos um olhar global sem perder a brasilidade, o que nos permitiu crescer e nos diferenciar.
Como a matriz francesa inspira a operação brasileira?
A BETC Paris é referência mundial em criatividade sofisticada e branding de alto nível. Isso nos influencia, mas a operação brasileira sempre teve uma identidade própria, que equilibra excelência criativa com um olhar mais ousado e adaptável ao mercado local.
E como o Brasil inspira a rede? E o Grupo Havas?
O Brasil sempre foi um celeiro de criatividade e inovação. Nossos desafios e diversidade nos obrigam a pensar de forma diferente. Essa mentalidade inspirou a rede global, seja no digital, no impacto social ou em novas formas de conectar marcas e pessoas.

O viés criativo do fundador Rémi Babinet foi o que influenciou a sua decisão de se unir à BETC? Afinal, havia outras propostas para o seu aproveitamento profissional?
Rémi é uma lenda da publicidade e sempre admirei sua visão. Mas o que realmente me fez embarcar na BETC foi a liberdade para construir algo único no Brasil. Eu queria uma agência que unisse criatividade, propósito e resultado, sem se prender a formatos tradicionais. A BETC Havas me deu esse espaço.
O que mudou nesses 10 anos?
Tudo. A publicidade mudou, as marcas mudaram, o consumo de conteúdo mudou. E a BETC Havas evoluiu junto. Hoje somos uma agência ainda mais integrada, ágil e conectada com o que realmente gera valor para os clientes e para a cultura.
Leia a entrevista completa na edição do propmark de 17 de março de 2025