A campanha, criada pela DM9, tem como objetivo chamar a atenção global para a crise humanitária dos Yanomami provocada pelo garimpo ilegal
A cerimônia do Oscar acontecerá neste domingo (12), em Los Angeles, nos EUA. Considerada a premiação de cinema mais importante do mercado, a edição de 2023 terá uma diferença das anteriores: as estatuetas dos premiados não terão ouro.
A retirada deste metal faz parte de uma ação feita pelos Yanomami, grupo indígena da Floresta Amazônia, que luta contra a extração ilegal de que já foi considerado o símbolo de maior valor na história. No lugar da tradicional estatueta dourada, os vencedores levarão para casa uma estatueta com o formato da divindade Omama.
A campanha, criada pela DM9 e produzida pela Hungry Man, tem como objetivo chamar a atenção global para a crise humanitária do povo indígena provocada pelo garimpo ilegal. A direção ficou por conta de Hanna Batista e produção de áudio é da Pingado.
Para divulgar a ação, vinte dos principais indicados ao Oscar irão receber um recado de Junior Hekurari Yanomami, líder da Urihi Associação Yanomami. Entre os indicados estão Angela Bassett, Jamie Lee Curtis, Kerry Condon, Stephanie Hsu, Hong Chau, Brendan Gleeson, Judd Hirsch, Brian Tyree Henry, Barry Keoghan, Ke Huy Quan, Brendan Fraser, Colin Farrell, Austin Butler, Bill Nighy, Paul Mescal, Andrea Riseborough, Cate Blanchett, Michelle Willias, Ana de Armas e Michelle Yeoh.
A ação também vai conduzir os artistas e o público a uma calculadora digital, que mostra o impacto social e natural de cada grama de ouro ilegal para a Floresta Amazônica e o povo Yanomami.
“Na sua cultura, ouro significa sucesso. Para o meu povo, para a floresta e as criaturas que ainda restam na Amazônia, significa morte e destruição. Todos os participantes dessa premiação podem e já ajudaram muitas vezes a moldar o comportamento do mundo. Eles precisam saber qual é o custo real do ouro ilegal e ajudar a espalhar essa mensagem, para que possamos ver mudanças", afirmou Junior.