A FlixMedia fala que o crescimento no primeiro semestre foi de dois dígitos; lançamento de ‘Coringa: delírio a dois’ promete novo impacto
As estreias de blockbusters no cinema nas férias de julho impulsionaram a publicidade do meio no Brasil, no primeiro semestre do ano. Lançada nas telonas em junho, a animação ‘Divertida mente 2’ quebrou recordes, com uma arrecadação mundial bilionária de mais de US$ 1,5 bilhão, mais de 20 milhões de espectadores e entrou para a lista das 10 maiores bilheterias da história do cinema. E na reta final do ano vem mais, como a superprodução da Warner ‘Coringa: delírio a dois’, com ninguém menos do que Joaquin Phoenix e Lady Gaga, em 3 de outubro.
A FlixMedia, que é sinônimo de representação de publicidade no cinema, responsável pela comercialização de 80% do mercado, somando 2 mil salas, de redes como Cinemark, Cinépolis, Kinoplex, UCI Araújo e Playarte, afirma que o crescimento no primeiro semestre é de dois dígitos e ultrapassa com folga o período pré-pandemia, com expectativas de aumento no ano como um todo. A consolidação da mídia programática para o cinema é outro fator positivo.
“A gente está superfeliz, porque mais uma vez a FlixMedia consolidou projetos como o de programática. Acho que foi mais um movimento nosso importante para o meio cinema e a gente teve a excelente notícia de ter grandes lançamentos de filmes históricos que reforçam o nosso discurso. Com bons lançamentos, as pessoas querem se divertir coletivamente fora de casa. De maneira histórica, quando um filme recebe mais de 20 milhões de espectadores, é muito emblemático”, ressaltou Adriana Cacace, diretora-geral da FlixMedia Brasil e Latam.
Segundo a executiva, essas notícias são muito potentes para o meio e mostram que os lançamentos conseguem atrair todo tipo de público para os cinemas, pois há filmes de gêneros diferentes para todos. Ela cita também a sensação do público com o longa ‘Deadpool & Wolverine’, que estreou nas férias, em julho, com ótimo retorno de publicidade também. “Tivemos aumento de investimentos de publicidade no primeiro semestre, passando os números de pré-pandemia. É um crescimento real, a gente celebrou muito e acha que vai continuar no mesmo ritmo no segundo semestre. ‘É assim que acaba’, por exemplo, que teoricamente é um filme com uma expectativa de público mais feminino, a gente vê que está saindo da bolha”, observa a diretora-geral.
Sobre o share publicitário do cinema, que segundo o Cenp-Meios ficou em 0,2% de janeiro a março de 2024, com faturamento de R$ 8,3 milhões, Adriana revela que está conversando com o Cenp sobre os números do cinema. “A gente está trabalhando para que os nossos números reflitam o crescimento do meio, porque tivemos um aumento consistente, de dois dígitos, de fato estamos superando os nossos números históricos, mas isso ainda não reflete 100% no ranking do Cenp”, pontua a diretora-geral da FlixMedia. Historicamente, o share de cinema no Brasil gira em torno de 1% do investimento publicitário.
Mídia programática
Depois da onda digital da pandemia, quando as marcas foram 100% para a publicidade online, o momento é de entendimento que isso não faz mais sentido e agora a estratégia mais acertada é o omnichannel, com a pulverização do investimento.
Dentro desse cenário, o cinema se destaca como mídia bem peculiar e com vantagens únicas. Tem características muito diferentes dos outros meios, como o ambiente imersivo, melhor tela de vídeo, atenção total do público, em um entretenimento fora de casa, em um momento bom para receber a publicidade. Tudo o que as marcas estão procurando.
“Essas características são bastante responsáveis pelo nosso sucesso hoje, porque as marcas estão procurando atenção do público e um ambiente mais imersivo. Quando a pessoa está em um entretenimento fora de casa, está em um momento bom para receber a publicidade. São coisas que cresceram, principalmente após a pandemia”, avalia Cristiano Persona, VP comercial e operações da FlixMedia.