Afirmando que queria ser um ator sério, mas não um pop star, o astro declarou que de certa forma vive a síndrome do impostor
Astro de ‘Footlose’, clássico do cinema norte-americano dos anos 1980, Kevin Bacon foi uma das atrações do primeiro dia do SXSW 2025, em Austin. Mais novo de seis filhos e criado na Filadélfia, ele fez uma retrospectiva sobre sua trajetória e contou como quis ser ator ainda criança, mesmo sem saber exatamente o que era ser um ator. Aos 17 anos, se mudou para Nova York, onde conheceu o teatro. “Eu adoro filmes, mas eu tinha mais interesse em fazer teatro”, contou.
O estrelato veio com ‘Footlose’ e, segundo ele, quando recebeu o roteiro não entendeu que o filme era sobre dança. “Algo interessante é que eu não era um dançarino treinado. Eu adoro sair para dançar, tive aulas de dança, mas não sou profissional. E quando eles mandaram o roteiro para mim, eu não sabia que era sobre dança. Eles falaram sobre contratar coreógrafos e eu disse que não precisava, mas só depois fui entender”, contou Bacon.
Marcado pelo longa, o ator revelou que certa vez em um casamento tocaram a música tema de ‘Footlose’, de Kenny Logins, e a festa se tornou algo sobre ele e isso foi uma situação embaraçosa. “As pessoas queriam que eu dançasse. Então, eu fui até o DJ e pedi para ele não tocar a canção. Não é que eu não goste da música, muito pelo contrário, eu adoro. E tenho orgulho do filme”.
Questionado pela mediadora, a jornalista Kara Warner, sobre como ele encarou a fama, Bacon respondeu que “não muito bem”. “Sempre foi meu sonho ter meu nome nos cinemas, ter a chance de andar no tapete vermelho, mas quando você chega lá é estranho. É como viver a clássica síndrome do impostor. Eu realmente não quero estar nas revistas todos os domingos”, disse ele. “Sempre quis ser um ator sério, mas não um pop star”, completou.
Sobre a escolha de um personagem, o ator disse que não se importa se é um vilão ou um bom moço, mas o que atrai seu interesse é a complexidade da história, a ideia de fazer algo novo. Segundo ele, nem mesmo o budget do projeto ou o quanto ele vai ganhar é sua prioridade.
“Quando recebo um convite, uma proposta de trabalho, primeiro avalio os personagens e daí começo a olhar os outros pedaços, o elenco, a direção e o local das filmagens. Eu faço o meu melhor para não pensar no tamanho do budget, do meu salário. É claro que às vezes é incrível você participar de um projeto de US$ 150 milhões, mas às vezes eu me sinto muito bem em participar de um filme de US$ 2 milhões”, ressaltou Bacon. “Eu nunca tive um plano de carreira”, revelou.
Prestes a estrear a nova série ao estilo sobrenatural ‘The Bondsman’, da Prime Video, em que interpreta um caçador de demônios que ressuscita, Bacon revelou que tinha certa resistência em fazer TV. “Quando você é um ator de cinema, você não faz TV. Você é antitelevisão.”
