Acordo com o TSE prevê também a liberação do acesso à interface de programação de aplicativo (API) da Biblioteca de Anúncios do Facebook

Enquanto os partidos políticos se alinham e desenham as alianças para as eleições deste ano, as plataformas sociais, em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), começam a apresentar as suas iniciativas para evitar que campanhas de desinformação contaminem ainda mais o ambiente político do país.

Como parte deste processo, a Meta, proprietária do Facebook e o Instagram, anunciou que as duas redes sociais terão um canal de denúncias dedicado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo o comunicado, quando uma denúncia for recebida, a empresa fará a análise e, caso o conteúdo viole as políticas das plataformas, haverá a remoção. O funcionamento e o escopo final da plataforma ainda precisam ser definidos entre a empresa e a autoridade pública.

Outra iniciativa prevista no acordo com o TSE é a liberação do acesso à interface de programação de aplicativo (API) da Biblioteca de Anúncios do Facebook, onde estão localizados os conteúdos patrocinados ativos e inativos sobre eleições ou política no Facebook e no Instagram.

Com a autorização, as equipes do tribunal poderão ter conhecimento sobre os dados disponíveis na Biblioteca de Anúncios, incluindo faixa de valores pagos, total de impressões e datas de veiculação de anúncios.

Há também ações como rótulos em posts sobre eleições, recurso ativo desde dezembro; lembrete do dia da votação no feed; treinamentos a autoridades eleitorais, com seminários para os servidores do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e a produção de cartilhas educativas; e uma nova versão do “Guia de Mulheres na Política”, que terá o auxílio do TSE na divulgação e distribuição.

WhatsApp
O WhatsApp, outra rede de propriedade da Meta, também assinou um memorando de entendimento com o TSE nesta terça, 15. No acordo com o app de mensagens estão previstas diversas iniciativas, como treinamento dos membros do TSE e TREs e a criação de um canal de denúncias com o objetivo de encontrar contas suspeitas de disparos em massa, ação não permitida pela legislação eleitoral e pelos Termos de Serviço do aplicativo.

E ainda o acesso à  API, permitindo a atualização do assistente virtual (chatbot) do tribunal no app - desenvolvido para as eleições de 2020 -, que vai auxiliar na comunicação com eleitores e facilitar o acesso a informações e serviços.