Levantamento do Grupo Bittencourt mostra que o avanço do setor depende de pessoas, governança e uso inteligente de dados

O Grupo Bittencourt divulgou a pesquisa 'O Código do Crescimento no Franchising', realizada entre julho e agosto de 2025 com 135 redes de franquias de diferentes portes e segmentos. O estudo indica um setor mais maduro, que busca equilibrar expansão e sustentabilidade, priorizando governança, inteligência estratégica e cultura organizacional.

De acordo com o levantamento, 53% das redes adotam perfil conservador de crescimento, enquanto 22% mantêm planos mais agressivos. A expansão local continua predominante (96%), mas há um movimento de diversificação, com 36% das marcas planejando internacionalização e 33% apostando em unidades próprias para inovação.

Para Lyana Bittencourt, CEO do grupo, os dados mostram uma nova fase para o franchising. “As marcas entenderam que crescer sem base é insustentável. O amadurecimento passa por estrutura, cultura e coerência”, afirma.

A pesquisa também aponta mudanças no que torna uma franquia atraente. Além de marca forte, os fatores que mais influenciam a decisão de investimento são retorno financeiro (37%), margens competitivas (28%), inovação (27%) e comprometimento com ESG (15%).

O papel do consultor de campo também ganha destaque. O estudo mostra que 93% das redes contam com esse profissional, que atende em média 22 franqueados e tem remuneração de R$ 6,7 mil. Segundo Caroline Bittencourt, diretora de relacionamento e insights, o consultor deixa de ser apenas executor e passa a atuar como mentor estratégico, com apoio de ferramentas como BI e inteligência artificial.

Outro ponto analisado é a Matriz de Complexidade x Importância, que identifica os temas centrais para o crescimento sustentável. Elementos como propósito, liderança, dados e tecnologia aparecem como determinantes para a consolidação das redes. Já temas como governança e sucessão ainda são tratados como secundários, o que o estudo classifica como “miopia estratégica”.

O levantamento reforça que pessoas e cultura estão no centro do desenvolvimento do franchising. “Sem pessoas bem preparadas e engajadas, não há inovação nem crescimento sustentável”, destaca Lyana.

Para o Grupo Bittencourt, o código do crescimento das franquias brasileiras está na intersecção entre visão de longo prazo, consistência de gestão e inteligência estratégica. “O verdadeiro crescimento não está apenas nos números, mas na capacidade de transformar propósito em resultado”, conclui Lyana Bittencourt.