A empresária e influenciadora Malu Perini destacou importância de autenticidade na criação de conteúdo; WSGN apontou perfil do novo consumidor
A empresária e influenciadora Malu Perini, criadora do programa de emagrecimento e hábitos saudáveis Materializa, além do sex shop virtual Vibrio e do podcast Os Sócios, junto com o marido Bruno Perini, foi um dos destaques do segundo dia de palestras na Gramado Summit 2022. Ela reforçou a ideia de que para engajar a audiência na internet e vender produtos é preciso criar uma comunidade.
Segundo ela, o primeiro passo é ter autenticidade na criação de conteúdo. “Tem de ter um pensamento forte. Você vai achar um grupo de pessoas que vai se identificar, só não dá para ser morno. E não adianta tentar conquistar todos, sempre vai ter alguém que não gosta de você, da sua marca”, pontuou Malu.
Outra dica para criar um senso de pertencimento das pessoas é necessário que a comunidade tenha uma linguagem própria e rituais, como quadros semanais, por exemplo. “As pessoas querem saber o que vai acontecer, tem de explorar o nicho”.
Por fim, uma comunidade precisa trazer valor e benefícios para a audiência, como informações relevantes e resolução de problemas. “Uma venda sem comunidade é só uma venda. Uma venda com comunidade é o início de um relacionamento de longo prazo”, finalizou a empresária.
Sócio-fundador da Curseria, João Pedro Motta também falou sobre a criação de conteúdo que converte. De acordo com o seu pensamento, mais importante do que querer aumentar o número de seguidores nas redes sociais, é pensar em vender bem para a audiência que a empresa já possui. “São eles que vão trazer outros seguidores. Não espere milhões de seguidores para vender”, reforçou.
Ressaltando que as pessoas não querem só consumir, elas querem se envolver com histórias, ele ressaltou a necessidade de conhecer profundamente a audiência para criar estratégias. “Você sabe quem te segue? Quanto tempo gasta de planejamento para conhecer sua audiência? Já perguntou para sua audiência por que ela te segue”, questionou.
Consumidor do futuro
VP da WSGN Latin América, Daniela Dantas trouxe incômodo à plateia da Gramado Summit ao falar sobre os sentimentos em ascensão nos dias de hoje, detectados pelo estudo “O consumidor do futuro”, realizado pela empresa de pesquisa e previsão de tendências.
Um dos sentimentos apontados é o de apreensão com o futuro, devido às mudanças rápidas na sociedade e na tecnologia, sobretudo com a pandemia. O segundo destaque é o excesso de estímulos, com um sentimento de sobrecarga; seguido pelo otimismo realista, deixando para trás a “realidade tóxica”; e o aumento do encantamento, um sentimento de fascinação que se manteve em segundo planos nos últimos anos.
A executiva destacou em sua apresentação o novo perfil do consumidor, tratado como reguladores. “Esse é um grupo que criou aversão a mudanças, quer uma rotina, uma jornada mais fluida, com menos mudanças”.
De acordo com um estudo da Gartner, a capacidade de as pessoas de lidar com mudanças é hoje 50% menor do que na pré-pandemia. Daniela observa que vivemos em uma sociedade sem sincronia, em que as pessoas não fazem mais as mesmas coisas na mesma hora. “Acabou o horário nobre. A mudança é a única certeza”, destacou.
Por isso, segundo ela, as marcas precisam deixar as mudanças mais fluidas, com tecnologias que melhorem a logística dos clientes e facilitem a sua jornada de compra, com simplificação. “Ninguém tem mais energia para baixar um app complexo, isso acaba criando frustração”.