Discursos de 40 anos atrás do professor de Harvard inspiram filme e exposição do Pacto Global da ONU sobre crise climática

Na década de 1980, em um tempo no qual as pautas socioambientais ainda não tinham a relevância de hoje, o professor de Harvard Carl Sagan alertava para os riscos do aquecimento global e o protagonismo da humanidade na degradação ambiental.

Ele dizia, à época, que apenas um grau de mudança na temperatura do planeta já seria o suficiente para produzir sofrimento generalizado. Sim, ele tinha razão.

Quarenta anos se passaram e trechos dos seus discursos são o fio condutor da narrativa do novo filme assinado pelo Pacto Global da ONU, com criação da agência AlmapBBDO e da Boiler Filmes.

Utilizando a locução original de Carl, o filme traz uma instalação de autômatos de animais selvagens, feitos manualmente pelo artista argentino Pablo Lavezzari e movidos pela fita magnética de um gravador antigo.

A trilha que acompanha as palavras de Carl é “When The Land Meets The Sea", criada com um único loop de fita magnética por Amulets, artista conhecido como “The Tape Wizard”.

A instalação foi construída na galeria Bolsa de Arte, em São Paulo, mesmo local que abrigou uma exposição para convidados. A ideia é que a instalação seja exibida em galerias internacionais a partir do segundo semestre.

O objetivo da campanha é causar reflexão para um tema que já era urgente no passado e que, hoje, é uma verdadeira emergência. A ideia é convidar empresas a se comprometerem com os objetivos e metas do Pacto Global da ONU, criado em 2000 e responsável por liderar a frente empresarial em prol de atitudes humanitárias.