Após seis meses do julgamento que levou à queda da então presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, mais uma condenação do caso movimentou o noticiário internacional nesta sexta-feira (25). Lee Jae-Yong, comandante e herdeiro da Samsung Eletronics, foi condenado a cinco anos de prisão por pagamento de propina à ex-presidente em troca de favorecimentos, informou a Reuters.

O empresário é filho do presidente do grupo Samsung, Lee Kun-hee, e está no comando da companhia desde 2014 após um ataque cardíaco de seu pai. Jay-Yong ouviu a sentença na capital Seul, e de lá, saiu rendido para já começar a cumprir a pena.

O Ministério Público local havia pedido condenação de 12 anos. O executivo foi acusado também de oferecer doações no valor de US$ 36 milhões para entidades não-governamentais operadas por Choi Soon-sil, amiga pessoal e conselheira da presidente sul-coreana, em troca do apoio governamental para uma grande reestruturação na companhia.

Em dezembro, a Samsung admitiu as doações a duas entidades, mas negou que elas seriam em troca de favorecimento. O executivo também é acusado de perjúrio, coerção, abuso de autoridade e de esconder ativos no exterior. Jae-Yong estava preso desde fevereiro, quando veio a público o esquema de corrupção que levou a ex-presidente sul-coreana ao impeachment.

A Samsung é responsável por quase 20% da economia da Coreia do Sul e é a maior fabricante de celulares do mundo. Procurada, informou que não vai se pronunciar sobre o caso. Jae-Yong também nega as acusações e seus advogados já informaram que apelarão da decisão.