Lançada há mais de 45 anos no mercado brasileiro, a Hope comemora crescimento de 27% e acredita em um crescimento ainda maior para 2015. Nesta entrevista, Sylvio Korytowski, diretor de expansão de franquia, fala da estratégia da empresa para aumentar o número de franqueados, que hoje já representa 40% no negócio da companhia. Korytowski ainda destaca a importância das linhas Praia e Noite, que também devem crescer em participação no negócio da empresa. Hoje, a marca é líder de mercado no segmento.
Qual a expectativa da Hope para 2015?
Mesmo acreditando que o primeiro semestre deste ano ainda será um pouco turbulento, a Hope está bastante confiante e prepara várias novidades. A marca está investindo, desde o ano passado, em novas linhas de produto, com o lançamento de ítens com maior valor agregado.
Quais são as principais novidades?
Estamos apostando bastante na linha Noite, por exemplo. São produtos que não são simplesmente pijamas. São peças que podem tranquilamente serem usadas para receber pessoas em casa. Também vamos investir mais na linha Praia e na coleção Gisele Bündchen.
Qual a importância da linha Praia para o negócio?
O retorno tem sido bem positivo. Principalmente depois que começamos a associar nossa marca a alguns estilistas renomados, como os da Jo de Mer. Também tivemos um grande crescimento quando percebemos que as mulheres buscavam um diferencial muito importante, que era comprar a parte de baixo do biquíni separada da parte de cima. Vendemos 100% das peças dessa forma. Assim, é possível fazer várias composições, como acontece com a lingerie.
Desde quando a Hope trabalha com moda praia?
Há cerca de cinco anos. Mas foi nos últimos dois anos que acertamos a mão e o negócio decolou.
Hoje, quanto representa do negócio?
Nosso objetivo é que a linha Praia seja responsável por 15% do faturamento da empresa e a Noite represente, em mais um ano, 35% do negócio.
Como a empresa trabalha a comunicação dessas duas linhas?
Optamos por trabalhar principalmente em revistas e blogs. Também realizamos algumas ações na nossa loja-conceito na rua Oscar Freire, em São Paulo. No final do ano passado, por exemplo, levamos o ator e músico Chay Suede para fazer um pocket show. O evento fazia parte da campanha “Pare o trânsito”, que teve início em novembro e sorteou um Mini Cooper para as consumidoras que gastaram mais de R$ 150 em compras.
Qual o retorno desse tipo de evento para a marca?
Muitas dessas iniciativas, além de atrairem a atenção da consumidora que está passando pelo local, também acabam, muitas vezes, tendo reflexo nas vendas.
A empresa investe em TV aberta?
Hoje, a TV aberta se tornou inviável. Investimos em TV fechada, que é onde está nosso público-alvo, e o retorno tem sido bastante satisfatório.
Atualmente, qual o target da Hope?
Nossos produtos são mais premium. São voltados para as classes A e B, mas também têm conquistado um pouco da classe C, que está buscando uma inserção social e almeja ter produtos mais sofisticados. A maioria está na faixa etária de 20 a 45 anos de idade.
A marca tem buscado alguma alternativa para crescer as vendas na classe C?
Não posso dar muitos detalhes ainda, mas temos um projeto grande que tem como objetivo atrair a classe C. Hoje, trabalhamos com dois modelos de negócios. Um deles é a franquia e o outro é o “Hope sob medida”, que implantamos em cidades com menos de 200 mil habitantes. Trata-se de um espaço que ambientamos dentro de uma loja multimarcas, só com produtos da Hope e com nossa identidade visual. O custo para fazer isso é bem pequeno e a loja passa a ter os mesmos produtos de uma franquia. E vamos lançar outro modelo de negócio.