Em nota, executivo fala que existe uma negociação sobre uma possível aquisição da sua participação na operação brasileira

Chairman do McCann Worldgroup, Hugo Rodrigues confirmou nesta sexta-feira (1) que negocia sua saída do grupo. Segundo ele, existe uma negociação em andamento sobre uma possível aquisição da sua participação na operação brasileira.

Hugo está no McCann Worldgroup desde novembro de 2017, quando foi contratado para ocupar o cargo que havia sido de Washington Olivetto, que, à época, assumiu o posto de consultor da McCann Worldgroup em Londres, na Inglaterra.

Na empresa, Hugo Rodrigues entrou como Executive chairman & CEO da WMcCann até que, em 2022, tornou-se sócio e chairman das agências do grupo de comunicação.

Rodrigues começou sua carreira no ano 2000 como redator e, em 2008, foi anunciado VP criativo da Publicis Brasil, atuando também como CCO e COO antes de ser nomeado CEO em 2014.

Em 2015 e 2016 foi reconhecido como um dos executivos mais admirados de propaganda no Brasil de acordo com a Agency Scope.

Em sua carreira, acumula 20 Leões de Cannes, sendo um de Ouro para Coca-Cola em 2021 e o único Leão da história da L'Oréal no Brasil, em 2022, além de outros 18 troféus para clientes como Heineken, Chevrolet, Nestlé, P&G, Swatch, entre outros.

Em 2022, Hugo Rodrigues fundou a startup Aldeiah.,  focada em estratégia e inovação, que surgiu no mercado tendo o Bradesco, recém-saído da Publicis, como o primeiro cliente.

Na nota, Hugo Rodrigues disse que o mundo dos negócios é feito de "volatilidade, indefinições e adaptações — porque está sempre em busca de um novo movimento rumo à evolução".

"São oito anos de uma jornada de transformação que combina consistência, resiliência e entrega. Uma trajetória que ajudou a reposicionar o grupo entre os protagonistas do mercado brasileiro de comunicação", escreveu.

Leia abaixo a nota na íntegra:

"Nota pessoal sobre minha negociação com o McCann Worldgroup

Hoje circulou na imprensa uma informação sobre a negociação da compra da minha participação societária na operação brasileira do McCann Worldgroup. Sim, estamos conversando.

Nos tempos atuais, em que a velocidade das notícias muitas vezes atropela a profundidade dos acontecimentos, acredito que seja essencial reafirmar um princípio básico: o mundo dos negócios é feito de volatilidade, indefinições e adaptações — porque está sempre em busca de um novo movimento rumo à evolução.

Desde 2017, tenho tido o privilégio de liderar o McCann Worldgroup no Brasil — primeiro como Executive Chairman & CEO da WMcCann e, desde 2022, fora da operação executiva, como sócio e Chairman das agências WMcCann, Craft e Aldeiah.

São oito anos de uma jornada de transformação que combina consistência, resiliência e entrega. Uma trajetória que ajudou a reposicionar o grupo entre os protagonistas do mercado brasileiro de comunicação.

Vivemos agora um novo capítulo. E esta nota é, antes de tudo, um sinal de respeito.

Respeito aos clientes, a quem devo tudo. Sem eles, não há negócio, empregos, progresso. Respeito aos colaboradores — parte essencial da força que movimenta e transforma essa jornada. E respeito também à minha família, aos amigos e a todos que acompanham meu trabalho com carinho nas redes.

Como mencionei anteriormente — e dado que a informação se tornou pública — há, de fato, uma conversa em andamento entre o McCann Worldgroup e eu sobre a possível aquisição da minha participação na operação brasileira. Esse diálogo tem ocorrido com o mesmo alinhamento que sempre caracterizou nossa parceria: fruto direto de oito anos construídos com confiança mútua, entrega consistente de resultados e uma visão estratégica em comum.

Ainda não há detalhes a serem compartilhados, porque todo processo estratégico exige tempo e responsabilidade.

Mas faço questão de afirmar — publicamente — que, assim que o processo estiver concluído, trarei mais informações com a transparência de sempre.

Obrigado a todos que fazem parte desse caminho que continua, com gratidão a Deus, sempre. Seguimos — com propósito, ética e paixão.

Por tratar-se de um processo em andamento e, em respeito à sua confidencialidade, esta será minha única manifestação pública sobre o tema até que ele esteja concluído."