No júri de Experiential, o presidente e CCO da DM9 fala sobre peças que avaliou online, características do festival, entre outros temas
Pela sexta vez no júri do D&AD, que começa no próximo dia 18 e vai até o dia 22, quando será realizada a cerimônia de premiação, em Southbank Centre, Londres, Icaro Doria encerra a série especial do propcast com os jurados brasileiros no festival. Ele conta que julgou cerca de 450 peças online e que viu “muitas coisas legais”.
“Eu estou na categoria Experiential, que é uma categoria bem larga no que pode significar isso. Pode ser uma experiência de marca digital, para o celular, ou em algum lugar efetivo. É ampla a definição da categoria. Acho que isso é uma tendência geral na maioria das categorias que não são as clássicas, tipo rádio e print. As categorias tendem a ser bastante elásticas. Por isso, a gente vê as mesmas peças ganhando em várias áreas”, ressalta o presidente e CCO da DM9.
No episódio, Doria revela que a experiência de julgar no D&AD é mais calma, tranquila. “Eu gosto muito de julgar no D&AD, acho uma experiência menos nervosa do que Cannes, por exemplo, menos temperamental. Eu julguei seis vezes no D&AD, é uma experiência mais calma, tranquila, onde a gente tem de fato tempo para debater os trabalhos. Você está num ambiente onde todos os julgamentos ocorrem ao mesmo tempo, em um galpão lindo, dá para passear, ver todas as peças que estão sendo avaliadas”, pontua ele.
Sobre o critério para ganhar Lápis no festival, o criativo destaca que o craft e o cuidado em desenvolver uma peça, uma narrativa, são muito importantes. “O craft é o ponto principal, lógico que junto com uma boa ideia, e o cuidado com cada detalhe que você está criando a narrativa do case.”
O CCO da DM9 dá também sua opinião sobre o tema inteligência artificial, dizendo que o mercado em geral está muito na superfície. Para ele, nem tudo precisa ser sempre pautado no que existe de mais novo, na tendência mais contemporânea. “Às vezes, um bom título, um bom outdoor, é o que fica na cabeça”.