Jornalista ficou 26 anos como âncora do Jornal Nacional; Cid Moreira tratava um quadro de insuficiência renal crônica  

A televisão brasileira perdeu um dos seus principais nomes nesta quinta-feira (3). Jornalista e apresentador, Cid Moreira morreu aos 97 anos em Petrópolis, no Rio de Janeiro, onde tratava um quadro de insuficiência renal crônica.

Nascido em Taubaté (SP), Cid Moreira era dono de uma vozes mais inconfundíveis do Brasil. O jornalista iniciou sua trajetória como narrador nas rádios Difusora de Taubaté, Bandeirantes e Mayrink Veiga, mas foi na televisão que se consagrou como ícone do jornalismo.

Do Jornal Nacional, Cid Moreira foi um dos apresentados mais longevos, com 26 anos de bancada, o que fez dizer o famoso 'Boa noite' em torno de oito mil vezes. Além desse marco, Cid também participou do “Fantástico” na sua estreia, em 1973.

Em 1996, com a reformulação do JN, Cid Moreira e Sergio Chapelin foram substituídos por William Bonner e Lilian Witte Fibe. Com isso, Cid passou a se dedicar exclusivamente à leitura de editoriais do 'JN'. No mesmo ano, foi escalado para fazer as locuções de reportagens especiais para o 'Fantástico', programa do qual também participou desde a estreia, revezando com outros apresentadores.

Por mais de dez anos, Cid apresentou simultaneamente os dois programas e mais tarde passou a gravar também os áudios das chamadas e de algumas matérias do 'Fantástico'. Em 1999, narrou o quadro do ilusionista Mister M, um dos grandes sucessos daquele ano.

Em 2010 sua história foi registrada em uma biografia escrita por sua esposa, com o título 'Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil'.

Em nota, a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) lamentou a morte do jornalista. "Cid Moreira deixa uma enorme lacuna na radiodifusão do Brasil. A habilidade em se comunicar com o público é um legado que fica para a história da comunicação do país", disse a nota.