André Secchin, CEO da Casacor, fala, entre outras coisas, sobre o desejo de reconectar as pessoas com a natureza

Da cena urbana da Avenida Paulista, região central de São Paulo, para a calmaria bucólica do Parque da Água Branca, na zona oeste da capital paulista, a Casacor 2025 termina no dia 3 de agosto, com a expectativa de atrair 120 mil visitantes.

Neste ano, a mostra abriu as suas portas para 70 escritórios de arquitetura, design de interiores e paisagismo, responsáveis pela montagem de 73 projetos inspirados pelo tema ‘Semear sonhos’. A casa ainda recebeu 84 marcas.

Em 2024, foram 126. “Depois de três edições no Conjunto Nacional, chegou o momento de reforçar o caráter itinerante da Casacor e explorar novos territórios da cidade”, explica o CEO André Secchin.

O desejo de reconectar as pessoas com a natureza, no entanto, esbarrou em algumas polêmicas envolvendo intervenções em espaços tombados.

Leia na entrevista a seguir.

Por que a Casacor se mudou do Conjunto Nacional para o Parque da Água Branca, na zona oeste de São Paulo?
Depois de três edições no Conjunto Nacional, chegou o momento de reforçar o caráter itinerante da Casacor e explorar novos territórios da cidade. O Parque da Água Branca materializa o desejo de voltar a um espaço mais arborizado, ao ar livre, onde natureza, arquitetura e cultura se encontram.

Quais os diferenciais do Parque da Água Branca?
Tombado pelos órgãos municipal e estadual, o parque guarda remanescentes de Mata Atlântica e um conjunto arquitetônico dos anos 1930, que são inspiração para novas leituras urbanas.

A busca das pessoas por mais conexão com a natureza pesou na decisão?
Mais do que uma simples troca de endereço, essa escolha reflete um alinhamento com uma visão atual sobre os parques urbanos como agentes ativos da cidade, espaços que aproximam as pessoas da natureza, favorecem o bem-estar e oferecem novas possibilidades de convivência, uso e regeneração do entorno.

Quais os desafios de se montar um evento desse porte em um local tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat)?
Montar uma mostra no Parque da Água Branca envolve cuidados redobrados e um diálogo constante com os órgãos de preservação. A Casacor respeita rigorosamente todas as exigências legais e patrimoniais, e eventuais ajustes fazem parte de processos naturais em contextos dessa complexidade.

Procedem denúncias sobre intervenções envolvendo uma instalação da Peugeot no estacionamento e obras no antigo estábulo da Polícia Militar para acomodar o restaurante Fazenda Churrascada, que teriam sido feitas sem autorização, e reclamações da vizinhança? A Casacor será multada?
O mais importante é garantir que a mostra seja realizada com transparência, responsabilidade e respeito ao patrimônio público e à comunidade do entorno. Todas as construções são autoportantes e reversíveis, respeitando o tombamento.

Leia a entrevista na íntegra na edição do propmark de 28 de julho de 2025