Organização estabelece a obrigatoriedade de que dirigentes, atletas e demais envolvidos diretamente com a entidade relatem casos de discriminação
Ontem (22) foi publicado o Tratado de Diversidade da Federação Paulista de Futebol. A organização divulgou o documento com o intuito de fortalecer o combate à discriminação contra a comunidade LGBTQIAPN+, em razão da origem (xenofobia), capacitismo e reforçar medidas de inclusão para essas comunidades.
Alguns dos direcionamentos do documento apontam que, caso o agente se depare com um ato de discriminação, ele deve seguir alguns protocolos, como a escuta ativa, sem minimizar ou relativizar a queixa. Isolar e proteger a vítima, garantindo sua segurança e acolhimento. Por fim, coletar provas no local e formalizar informações em súmulas ou relatórios de partidas.
Em casos que se tornem necessários, deve-se proceder com a denúncia nos âmbitos esportivos, casos em que a FPF é responsável por coletar as possíveis provas e relatos sobre os acontecimentos, organizá-los e enviá-los aos órgãos competentes, conforme rege o regulamento. E no âmbito criminal, pois, de acordo com a organização, a formalização da denúncia em uma unidade policial é uma das medidas que garantem a investigação fora do ambiente esportivo.
Além disso, caso um membro da FPF não oriente a vítima ou deixe de realizar a denúncia, algumas sanções já previstas no Regulamento Geral de Competições da FPF poderão ser aplicadas. As penalizações podem variar entre multas de R$ 5.000 a R$ 400.000, além da possibilidade de proibição de exercer atividades ligadas ao futebol.
Uma das principais inspirações do documento é o Tratado Antirracista e Pela Diversidade do NBB (Novo Basquete Brasil), conduzido por Rafael Garcia, coordenador de ESG da Liga Nacional de Basquete.