Professor, ex-BBB21 e apresentador conta como começou sua carreira nas salas de aula e sua virada pós-reality show
João Luiz Pedrosa foi um dos nomes de destaque do "Big Brother Brasil 2021". Na edição, João ganhou o coração do público com o seu carisma, pontuações e didática em explicar os mais diversos temas.
Professor de formação e mestre em educação, João é atualmente uma das principais vozes na internet, além de estar na frente de programas como "Trace Trends".
O carisma estampado em rede nacional durante o reality show fez com que os olhos se virassem para João, que hoje também trabalha com marcas de renome no mercado como Smirnoff, Chevrolet, Terra, Deezer, Santander e Budweiser, entre muitas outras.
Ao propmark, ele conta como foi deixar as salas de aula para se aventurar pelo programa, o início da sua carreira como professor e como isso o ajuda nos trabalhos realizados com as marcas. Leia a entrevista na íntegra:
João, antes de ser conhecido nacionalmente e ter participado do "BBB 21", você é professor de formação. Por que você decidiu seguir essa carreira?
Eu sempre tive um apreço muito grande pela educação. Tornar-me professor veio dessa vontade de querer ensinar e poder dialogar sobre as coisas do mundo. Acredito que a educação pode transformar as nossas vidas, então seguir uma carreira que, mesmo sabendo das dificuldades, me inspira a pensar em um mundo melhor me deixa muito feliz. Sobre o programa, na verdade… eu tinha mais era uma vontade e me inscrevi, passei no processo seletivo e entrei no programa para poder... ganhar um milhão e meio mesmo! [risos]
Como foi essa tomada de decisão de se afastar das salas de aula e encarar o reality?
Em 2021, eu estava dando aula durante a pandemia, então a minha sala de aula já estava sendo reinventada mesmo. Eu dei aula pelo celular, pelo computador, de outras maneiras, onde eu conseguia de alguma forma acessar esses alunos. Então, foi uma tomada de decisão também de tentar encarar uma nova realidade, um novo contexto.
Quais eram as suas expectativas com a sua participação?
Sobre minhas expectativas, não dava para projetar o que eu queria ou não fazer, até porque cada edição é diferente, né!? As pessoas se comportam a partir de uma determinada situação dentro da casa. Então, eu não tinha expectativas criadas assim, até porque eu sou uma pessoa bem realista.
Você esperava que, tanto a sua participação quanto a edição, tivessem tanta repercussão?
De alguma forma, eu imaginava, porque estávamos vindo de um sucesso de edições anteriores e, visto que as pessoas estavam consumindo cada vez mais produtos de entretenimento devido ao isolamento social, eu imaginei que poderia ser uma forma da gente se aproximar das pessoas que estavam nos assistindo na TV.
Quais eram os seus planos para o pós-programa? Como você imaginava que seria a sua participação?
Eu não tinha planos muito específicos traçados. Não entrei com objetivo de ganhar seguidor. Eu queria ganhar dinheiro e tentar mudar a minha realidade de vida, então, tudo que eu venho colhendo depois disso foi algo que me surpreendeu e ainda me surpreende, mas fico muito feliz!
Como foi para você entrar nesse mundo de ser uma pessoa conhecida?
Foi tranquilo, eu sempre fui uma pessoa muito comunicativa e sempre consegui me relacionar muito bem, então, eu não tive nenhum medo, nem algo que me travasse para poder ser ou não ser uma pessoa conhecida, porque, de fato, lidar com as pessoas, me tornar um comunicador, já era algo que estava dentro da minha essência mesmo.
E lidar com as marcas? Como foi para você começar a ter trabalhos desse tipo?
Entrar nesse universo foi algo muito surpreendente para mim. Poder lidar com as marcas e ver esses parceiros de trabalho é muito interessante, porque a gente estabelece uma relação de dupla troca, no sentido de que eu preciso muito acreditar em qual projeto que eu entro e qual marca eu estou me associando, porque, de fato, a gente precisa ter responsabilidade dentro desse trabalho.
O que você leva em consideração na hora de fechar um trabalho com alguma marca ou empresa?
Acho que, no final das contas, nenhum dinheiro vale tudo que eu acredito e preciso para ser sincero com a minha audiência. Se as pessoas estão me seguindo, me acompanhando nas redes sociais, por algum motivo, é porque elas, de fato, se identificam comigo em algum momento. Para eu aceitar um trabalho ou me associar a algum conteúdo, precisam ser coisas que eu acredito, que eu consumo, marcas que possuem uma certa responsabilidade também, para que eu seja sincero todo o tempo com a minha audiência.
Você é professor, apresentador, colunista e terminou o mestrado recentemente. Como você pretende seguir com todas as frentes de atuação?
Eu acho que é engraçado perceber isso, porque eu consigo aplicar toda a minha formação, minha profissão como comunicador ou como professor, também nessas frentes de conteúdo que são coisas que eu me apaixonei muito fazendo, desde terminar o mestrado até apresentar um programa de televisão. Isso também faz parte de comunicar algo. Então, eu consigo também associar coisas que sempre me atravessaram, seja relacionado à música, arte, cultura, o entretenimento em si, para que eu consiga fazer as coisas que gosto e acredito e que eu consiga seguir nessas frentes de conteúdo, porque são coisas que realmente me apaixonei em fazer.
Ser um educador te ajuda na vida pública? Se sim, como?
Sim, porque comunicar é um dos principais pontos da profissão de um professor. Não tem como você ser um professor antes de ser um comunicador. Então, eu acredito que não tenho como dissociar minha profissão de tudo que eu faço hoje.
Hoje, pós-BBB, você se enxerga como marca?
Eu acho que isso é inevitável, mas também é importante perceber que as marcações feitas por pessoas e antes de tudo eu sou uma pessoa, um indivíduo, e esse indivíduo tem sentimentos, tem sensações, fica triste, feliz... Ele tem suas oscilações também, então é entender que não é porque a gente se enxerga como marca que a gente seja 100% um produto. Nós também continuamos sendo seres humanos.
Qual é a melhor definição da marca João Luiz Pedrosa?
Eu poderia definir como responsabilidade. Eu tento fazer isso muito no meu trabalho, que é seguir com responsabilidade e sinceridade, sempre percebendo que a gente está dentro de um contexto social e precisamos ser responsáveis com isso e com o que tem acontecido dentro do nosso contexto contemporâneo hoje. Então, eu acho que eu definiria dessa forma: responsabilidade e comunicação