Em 2020, a empresa alegou ter enfrentado grande crise com a queda na arrecadação publicitária

A Editora Três, responsável pelas revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro, teve seu pedido de falência decretado nesta segunda-feira (3) pelo magistrado Paulo Furtado de Oliveira Filho. A Justiça alega que a editora não cumpriu as obrigações determinadas no processo de recuperação judicial.

A empresa havia protocolado seu primeiro pedido de recuperação judicial em 2007, alegando ter superado a crise em 2016. No entanto, em 2020, a editora entrou com um novo pedido de recuperação, afirmando que “nos 12 anos que se passaram desde o ajuizamento do primeiro pedido de recuperação judicial, uma nova crise setorial atingiu severamente o segmento editorial, especialmente o de mídia impressa, coincidindo drasticamente com a pior década econômica já vista na história do país.”

De acordo com o sindicato dos jornalistas profissionais no Estado de São Paulo, cerca de 50 funcionários estavam com salários irregulares, sendo mais de 20 desses jornalistas.

Agora, a Justiça determinou que a administração judicial nomeada tem 10 dias para apresentar a lista de credores, descontando valores já pagos e incluindo novas dívidas. Os pagamentos seguirão a ordem legal: primeiro os trabalhadores, depois os credores com garantia, seguidos pelos tributos, por último, fornecedores e sócios.