Anunciantes brasileiros estão apostando no meio após retorno da mobilidade nas cidades e o avanço da imunização
O investimento em mídia out of home (OOH), exibida em locais como pontos de vendas, metrôs e até elevadores em prédios comerciais e residenciais, sofreu com o esvaziamento das ruas provocado pela pandemia de Covid-19.
Com o avanço da vacinação, a retomada da mobilidade nas cidades e a digitalização dos formatos de publicidade, no entanto, o setor mostra sinais de recuperação.
De acordo com o estudo Inside OOH 2022 da Kantar Ibope Media, houve crescimento de 29% nas inserções publicitárias em OOH no primeiro semestre de 2021, quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
Esse crescimento é impulsionado a partir de um interesse cada vez maior das marcas em anunciar no meio. 85% das pessoas foram impactadas por publicidade em OOH ao longo de 2021. Isso representa aumento de 7% nos últimos cinco anos. A penetração também se mostra mais forte do que em países como Estados Unidos (55%), Reino Unido (60%) e Espanha (79%).
Segundo o instituto, 59% dos brasileiros afirmam terem sido impactados por propagandas em estabelecimentos como supermercados, shoppings e universidades.
Esse tipo de publicidade também foi notado pela população em transportes públicos (59%), mobiliários urbanos, como relógios de rua e pontos de ônibus e táxis (58%), e grandes mídias, a exemplo de outdoors e painéis (54%).
Entre as pessoas impactadas, 53% disseram que viram a publicidade a partir de formatos de exibição digitais (DOOH) – um incremento de 11% nos últimos cinco anos.
A mídia OOH pode ser aproveitada por diferentes setores, mas alguns apostam mais do que outros. Dados do estudo apontam que o segmento de Serviços ao Consumidor é o principal, sendo que 34,8% do investimento no meio foi feito por esse setor. O pódio é composto ainda por Comércio (14,3%) e Financeiro e Securitário (11,4%).
No primeiro semestre de 2019 e o mesmo período de 2021, os aplicativos de delivery aumentaram 649% seus investimentos no meio. Também houve um crescimento de 355% das fintechs e 165% dos e-commerces.