Evento aconteceu nesta quinta-feira (21), em São Paulo
O Lide promoveu um seminário sobre o setor da comunicação nesta quinta-feira (21), em São Paulo, com o tema 'A nova era da publicidade e do marketing no Brasil'. O evento teve dois painéis: 'A liderança feminina na comunicação e no marketing no Brasil' e 'A influência nas redes sociais: quais as boas e quais as más?'.
O primeiro painel contou com a presença de Judith Brito, presidente do Grupo Folha; Karina Ribeiro, CEO da VML Brasil; Gabriela Borges, presidente da Publicis Brasil; Marcia Esteves, CEO da Lew'Lara\TBWA e presidente da Associação das Empresas de Comunicação e Publicidade (ABAP); Beatriz Bottesi, head de marketing da Meta; e Verônica Gordilho, co-CCO da Africa Creative com mediação de Marcos Quintela, chairman da VML Brasil e head do Lide Comunicação.
As expositoras trouxeram reflexões sobre a liderança feminina no mercado de comunicação, sobre ser mulher na área da comunicação e a relação da vida privada com as demandas do trabalho. Além disso, as executivas também debateram sobre como as mulheres ainda são minoria em cargos de liderança no setor publicitário. "Eu luto todos os dias para que a minha filha, de fato, pegue essa 'equação' mais equilibrada e que ela não tenha que subir em um palco para falar sobre desigualdade salarial e que não tenha que se preocupar qual fala quem vai ter em uma sala de reunião, porque alguém é machista", pontuou Gabriela Borges, presidente da Publicis Brasil.
Além disso, as executivas também abordaram como as mulheres podem agregar ao mercado da comunicação com qualidades que, muitas vezes são direcionadas às mulheres, mas que são necessárias a todos. "Em 2024, liderar é ser autêntico, adaptável às necessidades da indústria, do nosso time, dos desafios, e, para nós mulheres, acredito que isso é abraçar as nossas qualidades naturais, valores, comportamentos e habilidades que desenvolvemos a vida toda", disse Karina Ribeiro, CEO da VML Brasil.
Outro ponto abordado foi acerca da evolução do debate sobre liderança feminina que, anos atrás, não existia. Além de destacarem a importância de ações afirmativas nas empresas, incluindo outros recortes como etário e racial.
O segundo painel contou com a presença de Flávio Santos, CEO da MField; Mônica Salgado, jornalista, empresária e influenciadora digital; Rafael Coca, fundador e CSO da Spark; e Marcio Oliveira, CEO da R/GA no Brasil; com mediação de Marcos Quintela, chairman da VML Brasil e head do Lide Comunicação; e Carlos Marques, head do Lide Conteúdo.
Os expositores abordaram o mercado de influência e como os influenciadores se tornaram veículos e parte das marcas que representam nas redes sociais. Com uma indústria cada vez mais forte, a publicidade não adapta mais o conteúdo ao digital, mas encara como parte da estratégia e, muitas vezes, ações são iniciadas com influenciadores. "A influência é consequência, porque ninguém abre um canal pensando em influenciar todo mundo. A influência já existia antes das redes sociais, influência é no boca a boca, é conversar com o vizinho. O criador de conteúdo é a pessoa que entendeu o poder das redes sociais", explicou Rafael Coca, fundador e CSO da Spark.
Os especialistas ainda refletiram sobre a hiper digitalização dos brasileiros e como, apesar de alguns problemas, o mercado de influência brasileiro está à frente de outros países e exige cada vez a profissionalização e regulamentação do setor. "O marketing de influência não é 'feeling', mas sim com muito embasamento em dados. Quando falamos de profissionalização, é sobre entender para que todas as vertentes consigam trabalhar bem a produção de conteúdo, que é uma palavra-chave, porque eu acredito que o bom conteúdo pode ser contado por qualquer influenciador, mas o bom influenciador talvez não conte qualquer história", destacou Flávio Santos, CEO da MField.