A propaganda brasileira foi construída em cima de grandes duplas de coliderança
Nem precisaria explicar o sucesso da dupla Elton John e Bernie Taupin. As canções falam por si só. ‘Your song’ é impecável. Mesmo assim, o testemunho está lá, na página 45 da biografia ‘Eu, Elton John’. “Ocorreu uma certa mágica quando vi as letras de Bernie, algo que me deu vontade de escrever música. Ocorreu no momento em que abri aquele envelope dentro do vagão do metrô, no caminho de Backer Street para casa, e continua a ocorrer. As canções fluíam naturalmente de nós dois”, diz o cantor inglês.
Para além do show biz, as duplas da publicidade também eternizaram as suas composições. Marcello Serpa e José Luiz Madeira na Almap, Nizan Guanaes e Affonso Serra na DM9, Luiz Lara e Jaques Lewkowicz na Lew’Lara, e Roberto Duailibi, Francesc Petit e José Zaragoza na DPZ são apenas alguns exemplos que inspiram as novas gerações.
“A propaganda brasileira foi construída em cima de grandes duplas de coliderança. Todo mundo começou a imitar esse formato, que não é nosso”, lembra Sergio Gordilho, sócio, copresidente e CCO da Africa Creative, que faz par com Márcio Santoro, sócio, copresidente e CEO da agência.
O modelo funciona, desde que a cultura da agência seja respeitada. Não se trata apenas de juntar duas pessoas. “Todo mundo está falando que faz. Aliás, tem muita gente que fala e não faz. E tem muita gente que faz e não fala. Quando você não tem uma empresa aculturada, preocupada e comprometida com a consistência, não vai dar certo”, aponta Gordilho.
Empresas nacionais com atuação global também dão exemplo. Os irmãos Joesley e Wesley Batista estão à frente da holding J&F, que controla a empresa de alimentos JBS. “A partir do momento que você tem duas pessoas capazes de capitanear o negócio, cada uma com a sua habilidade, a liderança fica mais forte. A empresa só tem a ganhar”, endossa o professor João Oliver, do curso de comunicação e publicidade da ESPM.
Leia a íntegra da matéria na edição do propmark de 21 de outubro de 2024