Profissionais do segmento manifestam otimismo com o poder da ferramenta para gerar experiências na jornada dos consumidores
O impacto na economia brasileira do segmento de live marketing contempla várias métricas. Porém, se analisado apenas pelo olhar do setor de eventos corporativos, de acordo com a Ubrafe (União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios), apenas a cidade de São Paulo movimentou em 2023 R$ 9,3 bilhões com 7 milhões de participantes e 1.286 atividades.
Claro, a capital paulista está no topo desse ecossistema, mas o interior do estado também é robusto com a Festa de Peão de Barretos e similares, além, por exemplo, do Agrishow, referência no trade. Fora o que acontece em todo o Brasil, que é um país festeiro.
O Carnaval do Rio de Janeiro é uma mina de ações para o segmento, com impacto econômico consistente, capaz de gerar mais de 600 mil empregos diretos e indiretos. Antes da pandemia nos projetos corporativos, com mais de 50 nichos econômicos o faturamento chegava a R$ 930 bilhões.
Em 2021, o live marketing (ativação, incetivo, promoções, trade etc.), segundo a Ampro (Associação de Marketing Promocional), angariou cerca de R$ 50 bilhões. A entidade promete para o mês de agosto um balanço de 2023 com os detalhes da performance das agências especializadas e associadas.
A pandemia trouxe subtração de negócios. A ativação do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) no ano de 2021 deu fôlego e o setor tenta adiar seu fim. E agora? O que esperar dessa ferramenta merdológica? A tecnologia veio para ficar, como esclarece Breno Ferreira, VP de experience da DM9.
“O mercado de live marketing no Brasil tem observado um aumento significativo na demanda em um ambiente altamente competitivo, onde as marcas estão procurando maneiras cada vez mais criativas para se destacar, impactar e engajar consumidores, além de converter vendas. Estratégias como eventos ao vivo, experiências imersivas e ativações de marca são entendidas como formas eficazes de conectar-se com o público-alvo. Além disso, a adoção de soluções tecnológicas amplia ainda mais as oportunidades. Nesse contexto, o live marketing se destaca, utilizando tecnologias como realidade aumentada e inteligência artificial para criar conexões sensoriais e/ou oferecer insights profundos sobre o comportamento humano.”
A retomada continua, como avalia Paulo Octavio Pereira de Almeida, diretor-presidente da Ubrafe. “O ano de 2024 tem a característica de ser o primeiro pós-pandemia com diversos lançamentos de novas feiras de negócios (a Gamescon, como exemplo), além da reinauguração do principal recinto de eventos da América Latina, agora em junho (distrito Anhembi). Com esses dois fatores, inovação com novos lançamentos, e novos recintos à disposição dos organizadores de eventos, estamos firmes na expectativa de que iremos crescer 20% em relação aos números de 2023”.
A The Group, do CEO Fernando Guntovitch, mantém otimismo e ressalta que a relação de proximidade com seus clientes contribui para ativar negócios previstos na agenda, como presença no Agrishow, por exemplo, e novos projetos. Em abril, organizou evento de relacionamento para a Vortx, cliente da agência do setor financeiro.
“Foi um evento ao ar livre no Autódromo de Capuava, em São Paulo, 100% com carros elétricos. Uma verdadeira experiência sustentável, que uniu o melhor da tecnologia com o talento do expertise humano”, frisa Guntovitch. “Estou com o radar ligado na rubrica ‘ótima perpesctiva para 2024’”, ele acrescenta.
Leia a íntegra da matéria na edição impressa do dia 27 de maio