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Em sua primeira edição, o AMPRO Live Festival, promovido pela AMPRO (Associação de Marketing Promocional), abriu espaço, entre outros temas, para falar do Cannes Lions Festival, representado por Letícia Abraham Malta, da Ascential Latin America, na palestra “Creativity Matters”.

Segundo Letícia, hoje um dos principais desafios do festival é ser reconhecido como um festival de criatividade. “A gente vai além de publicidade”, defende.

Neste sentido, a executiva ressalta que o festival promove e reconhece ideias criativas, que, na opinião dela, surgem com empatia.

“O que falta para a gente é conseguir olhar para o outro como ser humano. Sinto que o que falta é ouvir e entender o outro. E a comunicação é fundamental para isso. A partir desse entendimento do público a comunicação consegue criar vínculos”, disse.

Letícia apresentou ainda um estudo da Adobe que mostra que apenas 4 a cada 10 pessoas se consideram criativas. Segundo a pesquisa, o medo é o principal fator que trava a criatividade.

Inspiração Olímpica
Daniela Thomas, cenógrafa da abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, e Fred Gelli, um dos criadores da marca das Olimpíadas e Paralimpíadas do Rio, foram os convidados para o painel “Inspiração Olímpica”, que abordou a importância do live marketing no principal evento esportivo do mundo. A mediação foi de Flávio Machado, da Cerimônias Cariocas.

“Falar sobre o Brasil era um assunto difícil no momento. A auto estima era baixíssima”, lembra Daniela. “A gente tinha uma plateia ansiosa para ver algo bonito, e ao mesmo tempo a gente tinha muitos críticos. A gente sabia que a única forma de vencer isso era encantamento”, acrescenta.

Ela conta que a produção do evento ficou aproximadamente seis meses “sem fazer nada”, apenas observando e levantando ideias do que gerava encanto no brasileiro. “Além disso a gente tinha um desafio que era o Maracanã, que é um estádio dificílimo para livemarketing”, comenta.

Para Gelli, as cerimônias foram uma forma de dar novo significado ao “jeitinho brasileiro”, que passou a ser visto como resiliência, e não algo pejorativo.