Relatório do Cenp-Meios, divulgado nesta quarta-feira (10), mostrou que o volume de mídia comprada por 327 agências somou R$ 11,93 bilhões
Os investimentos em publicidade no primeiro semestre de 2025 cresceram 12,52% em relação ao mesmo período de 2024. O volume acumulado chegou a R$ 11,93 bilhões, aproximadamente R$ 1,32 bilhão a mais do que o registrado entre janeiro e junho do ano passado.
Os dados são do Painel Cenp-Meios, levantamento realizado com 327 agências brasileiras que reportaram sua movimentação ao Cenp (Fórum de Autorregulamentação do Mercado Publicitário).
O desempenho do setor supera com folga os principais indicadores da economia brasileira. Enquanto o PIB avançou 2,5% no período, pressionado pela baixa produtividade da indústria e pelas altas taxas de juros, a publicidade cresceu cinco vezes mais no acumulado de seis meses.
As veiculações nacionais somaram R$ 8,23 bilhões no semestre, equivalente a 69% do total investido no país. Entre as cinco regiões brasileiras, o Sudeste concentrou o maior volume, com R$ 2,23 bilhões (18% do total).
Em seguida aparecem o Nordeste, responsável por R$ 563,48 milhões (4,7%); o Sul, com R$ 442,30 milhões (3,7%); o Centro-Oeste, que registrou R$ 335,52 milhões (2,8%); e o Norte, com R$ 128,22 milhões (1,1%).
No ranking, o meio Televisão aparece como o principal destino dos investimentos publicitários, com um share de 42,3%; na sequência, vem a Internet com 40,2%. Na terceira posição, está a mídia out of home, com 11,9%.

Os dados do Painel Cenp-Meios referem-se aos espaços publicitários efetivamente adquiridos pelas agências entre janeiro e junho de 2025. O levantamento considera os Pedidos de Inserção (PIs) emitidos pelas agências devidamente executados, organizados por meio, período, estado e região, sem acesso a informações individualizadas de clientes ou veículos.
“Os resultados demonstram a vitalidade da publicidade brasileira, que, mesmo após o crescimento expressivo de 2024, voltou a superar expectativas em uma base já elevada. Isso reforça o papel estratégico do setor como motor da economia e como um vínculo de confiança que conecta marcas, veículos, elos digitais e consumidores”, disse Luiz Lara, presidente do Cenp.