Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank (Crédito: Divulgação)

Em uma crise sem precedentes na história, as fintechs e bancos digitais também trabalham para desenvolver ações que possam ajudar os consumidores. Com uma série de planos financeiros para os clientes mais afetados, o Nubank reduziu em 80% as taxas de juros da fatura parcelada do cartão de crédito, ampliou o prazo de pagamento da próxima parcela para até 60 dias e também criou um fundo de apoio de R$ 20 milhões, chamado ‘Pessoas Primeiro’, para ajudar os mais afetados pela pandemia com entrega de alimentos, produtos de primeira necessidade e apoio médico e psicológico. 

“Temos a certeza de que estamos fazendo nosso melhor. Os valores de uma empresa são colocados à prova em momentos de crise. O modo como as empresas se comportam agora não será esquecido tão rapidamente. Tanto funcionários como clientes, e também a sociedade em geral, vão se lembrar do que as marcas fizeram nesses tempos difíceis. E acredito que não haverá investimento em marketing capaz de alterar essas percepções”, ressalta Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank. 

Ainda segundo a executiva, a estratégia de comunicação e marketing não foi muito afetada neste período, pois a companhia continua seguindo a sua cultura e valores.

“Somos conhecidos pelo atendimento humano e pela transparência. O que mudou com o cenário de crise é que estamos colocando ainda maiores esforços em entender o que os clientes estão passando e em doar nossa energia para ajudar o próximo. Os valores de uma empresa são colocados à prova em momentos de crise. O modo como as empresas se comportam agora não será esquecido tão rapidamente. Tanto funcionários como clientes, e também a sociedade em geral, todos vão se lembrar do que as marcas fizeram nesses tempos difíceis”, completa.

A companhia também acredita que este é o momento do setor financeiro reforçar a sua empatia com os usuários. “Sempre tivemos essa empatia, seja pelos nossos atendimentos personalizados ou com experiências WOW, como chamamos as ações que surgem espontaneamente nos contatos com os clientes, seja pelo desenvolvimento de produtos ou funcionalidades que têm impacto real na vida das pessoas. É um valor que carregamos, que independe do cenário de crise. No momento atual, damos ainda mais importância a isso”, diz.

A executiva também considera que depois que o mundo superar a crise, será possível termos sociedades mais digitais.

“A adoção de novas tecnologias vai acontecer muito mais rápido. A tendência, que já existe, de usar meios digitais de pagamentos poderá ser acelerada. É um movimento que estamos vendo se acelerar no mundo todo”, finaliza Cristina.