Um estudo feito pela Intelligenzia aponta que 85% das empresas preveem aumentar a quantidade de conteúdo produzido para o próximo ano. Segundo a terceira edição do estudo “O Status do Marketing B2B”, há um crescimento de brand awareness por meio do storytelling.

De acordo com o material, apesar de a geração de vendas seguir na liderança (72%) entre os objetivos do marketing para os próximos 12 meses, trabalhar a marca institucional, em segundo lugar, cresceu de 32,6% para 54,8% – um aumento de 68% em relação a 2018.

Emilia Bertolli, CEO da Intelligenzia, afirma que esse crescimento indica que cada vez mais o B2B está buscando vínculo emocional com os clientes. “Muitos acreditam que essa conexão é válida apenas no B2C, mas no B2B o modo como o público percebe a marca, seus produtos e serviços também é fundamental para diferenciar o negócio da concorrência. Mesmo a compra no B2B sendo considerada mais racional, isso também conta como um fator de decisão importante”, explica.

Créditos: James Pond / Unsplash

Instagram
O Instagram, rede social associada ao B2C, foi um dos canais que mais cresceu. Mesmo em quarto lugar, atrás de LinkedIn, Facebook e e-mail, 64,4% dos participantes citaram a plataforma como canal de distribuição de conteúdo – um aumento de 38% em relação a 2018. “O Instagram permite que as empresas B2B contem histórias para seu público-alvo de maneira diferente, mais memorável e envolvente. Não à toa temos visto cada vez mais negócios B2B investindo em estratégias para este canal”, diz Emilia.

Esse crescimento inclui também a mídia paga. Segundo o estudo da Intelligenzia, enquanto a plataforma de anúncios do Google recebe investimentos de 65,8% das empresas B2B, o Facebook e o Instagram foram citados por 66,1% dos participantes.

Mas para eficiência, o Google Ads ainda lidera, com 80% dos participantes considerando a rede social eficiente ou muito eficiente na geração de resultados, seguido por LinkedIn (65,3%) e Facebook e o Instagram (58,4%).

Os números associados à geração de leads seguem os principais usados para medir o sucesso das estratégias de marketing no B2B. Mas houve uma mudança ascensão da importância da quantidade de leads em detrimento da qualidade.

Enquanto em 2018 a qualidade dos leads venceu a qualidade ( citados por 67,7% e 58,1%) os papéis se inverteram: 64,4% disseram medir a quantidade e 57%, a qualidade dos leads.

“É uma estratégia que pode acabar sendo mais ‘barata’ porque não implica uma dedicação de mais recursos nos targets selecionados. Mostra uma busca maior por visibilidade e por dados do público-alvo, seja por estarem em um estágio inicial ou por estarem explorando um novo mercado, que é o caso de 39,8% dos participantes do estudo”, afirma.

Ela explica, no entanto, que o foco na qualidade traz uma série de vantagens, incluindo maiores chances de conversão e, consequentemente, melhor uso dos recursos, além de aumentar o valor do ciclo de vida do cliente e os índices de lealdade.

O estudo foi conduzido com base em um questionário, enviado entre os meses de setembro e novembro pela Intelligenzia, e teve participação de 330 profissionais de marketing de microempresas e empresas de grande, médio e pequeno porte.

Participaram analistas, coordenadores, gerentes e diretores de marketing dos segmentos do agronegócio, alimentos, automotivo, bancos, bens de consumo, comunicação e gráficas, construção e engenharia, distribuição, educação, farmacêutica, metais, hospitais e saúde, indústria, logística, serviços, tecnologia e telecomunicação.