Está sendo realizado nesta terça-feira (10), no Rio de Janeiro, o X Fórum ABA Branding. O objetivo das palestras que estão sendo realizadas ao longo do dia é debater e apresentar as melhores estratégias, táticas, técnicas e ferramentas de branding usadas atualmente. Adaptação às mudanças no mundo das marcas foi o tema que permeou todos os painéis da manhã.

“Para construir uma marca é preciso fazer a gestão de um valor”. Com esse tema Stephan Younes, gerente de marcas e comunicação da Technos e professor da ESPM Rio, abordou o que ele chamou de uma nova era a qual as marcas tiveram que se adaptar. “Nós, de branding, temos que atentar para as novas culturas que estão surgindo. Por exemplo, nove entre 10 shoppings no mundo estão fora dos Estados Unidos. Não só os Estados Unidos e a Europa que estão se destacando, uma boa parte do resto do mundo deixou de ser coadjuvante neste mercado”, diz Younes. Para ele isso não é bom ou ruim: “é diferente e quem está no mercado de marcas tem que entender esta cultura que está surgindo para atende-la em suas necessidades”, completou.

No painel que discutiu sobre cultura, inovação e novos paradigmas, Charles Bezerra,  diretor executivo da Gad Innovation, afirmou que inovação é uma questão de sobrevivência. “Estamos num momento de grande competitividade no mundo das marcas e, comparando o tema com a sobrevivência das espécies no planeta, só sobrevive quem resiste bem às mudanças”, disse Bezerra.

Bezerra acredita que o mercado deve investir em um novo modo de pensar. “Inovadores vêm antes de inovação e por isso temos que desaprender tudo o que foi feito até hoje para podermos inventar algo realmente diferente”, disse. Para ele o segredo não está mais nas respostas, que já existem muitas, mas sim nas perguntas feitas.

Fechando os painéis da manhã, Antônio Jorge Alaby Pinheiro, presidente do Grupo de Mídia Rio, afirmou que o importante é pensar no todo “e não só olhar para o próprio umbigo”. “Eu vejo as pessoas desmotivadas em diversas áreas. A renovação é fundamental. Precisamos pensar num todo e não no próprio plano de carreira para podermos acrescentar às empresas”, disse Pinheiro.