A América Latina apresenta o maior potencial de incremento do PIB (Produto Interno Bruto) com o metaverso em 2031, 5%, ou US$ 320 bilhões

A Meta (ex-Facebook) informou que está trazendo os avatares 3D para o Brasil, além de outros países da região como Argentina, Colômbia e Porto Rico. Os personagens virtuais estarão disponíveis em algumas semanas no Instagram e poderão ser compartilhados em outras plataformas da companhia como o Facebook e o Messenger.

O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira (23) no Meta Summit, com a participação de executivos da companhia por videoconferência. O envolviment0 e criação de avatares é entendido pela companhia como um passo inicial para tornar o metaverso uma realidade, o que deve acontecer ao longo dos próximos 10 anos.

"Os avatares 3D importantes para que as pessoas se expressem no metaverso. Já tínhamos avatares 2D que erão muito bons, mas que não funcionam para experiências imersivas e para que as pessoas possam se sentir presentes", afirmou Vishal Shah, VP de Metaverso no Reality Labs da Meta.

Ao longo do desenvolvimento, a expectativa é de que os avatares expandam as suas atuações para além das plataformas da Meta. O executivo fez uma comparação com camisetas de clube de futebol, que as pessoas compram pensando em utililizá-las em diversas ocasiões do dia a dia, e não apenas no estádio. "Esse metaverso conectado é crucial porque é uma exigência das pessoas que querem levar as coisas como fazem no mundo real", acrescentou.

Os profissionais também buscaram reforçar a preocupação da companhia em não deixar ninguém para trás e desenvolver um sistema inclusivo. Maxime Williams, vice-presidente de diversidade da Meta, disse que tem como missão fazer com que todas as pessoas se sintam bem-vindas e representadas, seja nos avatares, opções de idioma, aplicativos e acessibilidade. Isso se traduz, por exemplo, em contar com mais de 1 quintilhão de combinações possíveis para os avatares.

Outro ponto de atenção é o acesso dos usuários ao metaverso, que precisa ser facilitado e com baixo custo financeiro. Uma das iniciativas em estudo é disponibilizar o Horizon World no browser de navegação, permitindo o uso via computador, tablet ou smartphone e sem demandar headset de realidade virtual. O sistema também poderá ser compartilhado no Instagram e Facebook.

Posssibilidade de negócios

Mauren Lau, vice-presidente regional para América Latina, disse que as empresas que entrarem logo no metaverso devem ter vantagem competitiva frente às concorrentes. "É a próxima evolução na conexão social, imersiva, conectada, onde as pessoas podem passam de plataforma para plataforma, do mundo real para o online", afirmou.

Segundo a executiva, entre os ganhos estão elementos como se destacar na vanguarda no marketing móvel, parceria com criadores, melhora nas interações com os clientes e a diminuição dos atritos. Hoje, já observa esse movimento com marcas que estão experimentando o uso de vídeos imersivos. Como exemplo, citou a ação do Fiat Pulse, com um filtro que permite que o cliente visualize o automóvel em sua garagem.

A América Latina, de acordo com números da consultoria econômica Analysis Group apresentados por Dau, apresenta o maior potencial de incremento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2031 com o metaverso, 5%, ou US$ 320 bilhões - contra 2,8% globalmente. A estimativa leva considera a adoção hoje e uma evolução semelhante à da tecnologia móvel na região.

Será a maior portunidade desde a invenção da internet para marcas e criadores de conteúdo, acredita a executiva. "O uso de storytelling vai aumentar as oportunidades, como shows ao vivo e várias outras opções que nem conseguimos imaginar hoje", completou.