Estudo 'Creators & Negócios' mostra amadurecimento do mercado de influência e novas fontes de receita para criadores iniciantes
A sexta edição da pesquisa 'Creators & Negócios', realizada pela YouPix, mostra que o amadurecimento profissional é determinante para transformar a criação de conteúdo em uma fonte estável de renda. O levantamento revela que 1 em cada 2 criadores com mais de três anos de carreira já fatura acima de R$ 10 mil mensais e que metade dos participantes vive exclusivamente da influência digital, sinalizando a consolidação do setor como carreira.
Segundo Rafaela Lotto, CEO da YouPix, a pesquisa confirma o avanço da profissionalização entre os criadores. “Pela primeira vez, medimos o tempo de dedicação à profissão e vimos que quem permanece por mais tempo tende a alcançar resultados financeiros mais consistentes”, afirma.
O estudo mostra também que 53% dos creators ainda dependem de outra atividade profissional (CLT ou PJ), e que a base de baixa renda cresceu, acompanhada por uma nova elite da influência, formada por profissionais com mais de cinco anos de atuação e múltiplas fontes de receita — publicidade, UGC, produtos próprios e licenciamento.
Entre os criadores iniciantes, UGC e programas de afiliados aparecem como principais formas de monetização. A pesquisa aponta ainda que 30% dos creators ainda não monetizaram, sendo a maioria com menos de um ano de atuação.
A publicidade segue como principal fonte de receita, mas perdeu espaço em relação à edição anterior, dando lugar a modelos mais diversificados e a uma gestão mais profissionalizada.
Pela primeira vez, o levantamento mostra maioria negra entre os respondentes (49,8%), além de 74,9% de mulheres. Apesar do avanço em representatividade, a desigualdade de renda entre creators negros e brancos permanece.
A pesquisa também identifica queda nos casos de burnout, mas destaca que 74,8% dos participantes relatam sofrer hate nas redes, especialmente entre os criadores de menor renda.
O estudo analisa mudanças estruturais, econômicas e culturais do mercado de influência no Brasil e reforça o amadurecimento da chamada Creator Economy, que segue em expansão e diversificação.
Imagem: DC Studio/Freepik