Decisões das marcas aconteceram dias após a invasão do exército russo em território ucraniano

Gigantes da tecnologia, Microsoft, Apple e Google decidiram suspender alguns de seus serviços na Rússia em resposta a invasão na Ucrânia, que aconteceu na última quinta-feira (24), e já deixou centenas mortos e milhares de feridos, entre eles, crianças, informou o governo ucraniano.

Apple
A Apple anunciou, nesta segunda-feira (1), a interrupção da venda de seus produtos no território russo.

"Estou profundamente preocupados com a invasão russa da Ucrânia. Estamos fazendo tudo o que podemos por nossas equipes e apoiaremos os esforços humanitários locais. Estou pensando nas pessoas que estão agora em perigo e me unindo a todos aqueles que clamam pela paz", afirmou o CEO da Apple, Tim Cook, em sua conta no Twitter

Além da venda, outros serviços da empresa como o Apple Pay também foram limitados e os aplicativos da mídia estatal russa, como RT News e Sputnik News, não estão mais disponíveis para download na Apple Store fora da Rússia.

"Pausamos todas as vendas de produtos na Rússia. Na semana passada, paramos todas as exportações para nosso canal de vendas no país. Apple Pay e outros serviços foram limitados. RT News e Sputnik News não estão mais disponíveis para download na App Store fora Rússia", afirmou a empresa em um comunicado.

Google
Neste domingo (27), o Google afirmou que desativou temporariamente os dados de tráfego ao vivo do Google Maps na Ucrânia. Segundo a empresa da Alphabet, a decisão foi tomara para a segurança dos ucranianos.

O Google também anunciou a interrupção da monetização dos veículos financiados pela Rússica em suas plataformas.

"Estamos monitorando ativamente o desenrolar dos acontecimentos e tomaremos mais medidas, se necessário", disse um porta-voz do Google, em um comunicado.

De acordo com o G1, o anúncio surgiu depois do YouTube anunciar que os veículos russos financiados pelo Estado não poderiam monetizar seus vídeos na plataforma.

"Nossas equipes começaram a suspender a possibilidade de que alguns canais gerarem receita no YouTube, incluindo os canais RT em todo mundo", detalhou um porta-voz da empresa.

O Google também anunciou, nesta segunda-feira (1), o bloqueio dos canais do YouTube ligados à rede de TV Russia Today e ao portal Sputinik.

"Devido à guerra em andamento na Ucrânia, estamos bloqueando canais do YouTube conectados ao Russia Today e ao Sputnik em toda a Europa, com efeito imediato. (...) Nossas equipes continuam monitorando a situação 24 horas por dia para tomar medidas rápidas", diz post do Twitter do Google Europa.

Meta
Outra gigante da tecnologia que se posicionou, foi a Meta, dona do Facebook e Instagram. Neste domingo (28), a empresa afirmou que desativou uma rede de perfis falsos que espalhava fake news contra a Ucrânia.

"Estamos proibindo a mídia estatal russa de veicular anúncios ou monetizar em nossa plataforma em qualquer lugar do mundo. Também continuamos a aplicar rótulos a outras mídias estatais russas. Essas mudanças já começaram a ser implementadas e continuarão no fim de semana", informou Nathaniel Gleicher, chefe de política de segurança da Meta.

Microsoft
A Microsoft informou que detectou ataques cibernéticos contra a infraestrutura tecnológica da Ucrânia horas antes da invasão do país.

A empresa afirmou que tem acompanhado a situação de perto e anunciou iniciativas de combate à desinformação usando as suas plataformas.

A Microsoft afirmou que vai retirar os conteúdos dos veículos de mídia russo dos seus aplicativos de notícias e da sua loja de aplicativos, além de diminuir a visibilidade das páginas Russia Today e Sputnik do seu buscador, o Bing.

Outra medida tomada pela empresa é o banimentos dos anúncios realizados pela mídia estatal russa.