Editor do relatório, Niall Firth afirmou, por exemplo, que os carros autônomos vão se tornar comum em breve

Com o objetivo de identificar tecnologias que impactem profundamente a economia e a sociedade, desde 2001, o MIT (Massachusetts Institute of Technology) organiza todos os anos o relatório MIT Technology Review. O jornalista Niall Firth, editor-executivo do documento, apresentou essas previsões na sessão intitulada ‘10 breakthrough technologies of 2025’, nesta sexta-feira (7), durante a 39ª edição do South by Southwest (SXSW), que vai até o dia 15 em Austin.

“O nosso objetivo é ajudar a entender o futuro. Buscamos interpretar o que está acontecendo agora para saber o que vem depois. Entre os critérios para a escolha da lista, é olhar para tecnologias que tenham potencial de estarem disponíveis para as pessoas, ou seja, se tornarem comercial, e sobre seus impactos positivos e negativos. Nós publicamos tendências todos os dias em tecnologyreview.com, cobrindo temas como IA, clima e bi tech”, disse Firth.

O jornalista Niall Firt apresentou o relatório do MIT Technology Review ‘10 breakthrough technologies of 2025'

Mostrando desde o poder da inteligência artificial generativa até um suplemento alimentar para vacas que reduz a emissão de metano, além de tendências como os carros autônomos, Firth afirmou que é muito animador apresentar as 10 tecnologias que acreditam que vão mudar a vida das pessoas. “Olhando para trás, admito que já erramos algumas vezes, mas fico animado para saber se daqui a alguns anos realmente estávamos certos”.

A lista é a seguinte:

1 - Vera C. Rubin Observatory: Um telescópio poderoso que entrará em operação este ano em uma região remota do Chile e possui a maior câmera digital já feita para astronomia. O objetivo é ajudar astrônomos a estudar a Via Láctea e desvendar outras incógnitas cósmicas.

2 - Generative AI Search: “Obviamente escolhemos essa tecnologia porque ela é uma das maiores mudanças das últimas décadas, na forma como nós navegamos na internet e encontramos informações online”, disse Firth. A busca generativa promete tornar a busca online muito mais simples e rápida.

3 - Small language models: Modelos de linguagem pequenos, mais baratos e que consomem menos energia agora podem competir com os grandes programas em uma série de atividades. “Small is the next big thing”.

4 - Cattle burping remedies: Um suplemento alimentar para vacas que reduz significativamente a emissão de metano e já está disponível em vários países.

5 - Robotaxis: “A maioria das pessoas ainda não esteve em um, mas os carros autônomos já estão operando em dezenas de cidades e vão se tornar comum em breve”, falou Firth.

6 - Cleaner jet fuel: Combustíveis alternativos para a indústria aérea levaram anos para serem desenvolvidos, mas agora já se tornaram um grande negócio, sendo produzido por vários players e governos demandando regulações. “Na Europa, essa demanda por combustíveis limpos para aviões cresce rapidamente e objetivo é chegar a 70% em 2050”.

7 - Fast-learning robots: Graças à IA, os robôs estão aprendendo novos comandos mais rápido do que nunca. “Eu amo robôs. Agora com a IA, está muito mais fácil programar e treinar os robôs”, destacou Firth.

8 - Long-acting HIV prevention meds: Teste de um novo medicamento que previne a infecção por HIV, com 100% de eficácia no tratamento de mulheres e garotas, sendo que precisa ser injetado apenas a cada seis meses. Uma droga que pode ajudar a acabar definitivamente com a Aids. “É uma droga que ainda não foi aprovada e, quando for, esperamos que ela esteja disponível para todos”.

9 - Green steel: A primeira planta industrial de aço verde está sendo produzida com hidrogênio pela Stegra, uma startup de US$ 7 bilhões que está programada para começar a operar no próximo ano no norte da Suécia. “O mundo produz muito aço e é um processo muito sujo”, alertou Firth.

10 - Stem-cell therapies that work: Células tronco de embriões humanos vão curar doenças. É uma promessa feita pelos cientistas há décadas e agora está se tornando realidade. Transplantes experimentais estão ajudando no tratamento de doenças como diabetes e epilepsia.