Omnicom, por exemplo, só aguarda aprovação da União Europeia e Canadá para compra do IPG, que no Brasil já teve o aval do Cade
A transformação do negócio da propaganda é comum na cena histórica da atividade. O lançamento do rádio causou uma revolução. Da TV, então, nem se fala. Há 27 anos, a internet ainda era embrionária, mas, na competição Cyber Lions, em 1998, a DM9DDB conquistou o único Leão de Ouro da competição Cyber Lions pelo site desenvolvido para a 12ª Semana Internacional de Criação Publicitária, da Editora Referência. Nesse mesmo ano, a agência, à época liderada por Nizan Guanaes, ganhou o Grand Prix de Agência do Ano do festival.
Hoje, a conversa é outra. A internet se consolidou e o Cyber Lions foi extinto. O digital ganhou contornos mais sofisticados e diversificados, como a TV 3.0, conectada, interativa, multitelas. As redes sociais ditam ritmo alucinante às mensagens e os meios se multiplicaram com influenciadores que, muitas vezes, também são criadores dos conteúdos.
No momento, o ciclo é da inteligência artificial, que domina os bastidores das agências e os grandes grupos se reinventam à base de tecnologia, fusões, aquisições e investimentos em negócios que extrapolam a origem, cuja remuneração era basicamente por percentual dos investimentos em mídia feitos pelos anunciantes da sua carteira de marcas. Fee, sucess fee, sprints, consultorias, produção, desenvolvimento de produto, serviços etc. estão na pauta econômica.
A consequência pode ser vista no ranking dos maiores grupos globais de comunicação, que vem sofrendo alterações. A mais significativa, pela pesquisa da Advertising Age, mostra que a Accenture Song assumiu a liderança, com faturamento de US$ 19 bilhões em 2024 e crescimento de 8%. O inglês WPP perdeu a hegemonia ao contabilizar faturamento no mesmo exercício de US$ 18,8 bilhões. A Delloite Digital de Nova York está em 5º no ranking, com US$ 12,6 bi. E a IBM em 9º, com US$ 7,2 bi. É o dinheiro mudando de mãos, mas as grandes holdings se mexendo para não ficarem no vácuo.
Negócio
As movimentações estão na pauta de todos os grandes grupos de comunicação. Alguns mais transparentes; já outros nem tanto. A incorporação do IPG (Interpublic Group) pelo Omnicom, independentemente das suas movimentações internas, foi o fato relevante do fim de 2024 e continua em destaque na pauta este ano.
A promessa é que até o mês de dezembro o processo esteja completamente consolidado e com tudo pronto para a nova operação avançar e dizer a que veio, afinal trata-se de uma troca de ações que vai tornar o Omnicom a maior empresa do segmento, com receita combinada de US$ 26,8 bilhões em 2024 (dados de 2023 indicavam US$ 25,6 bi), EBITDA ajustado de US$ 3,9 bilhões e fluxo de caixa livre de US$ 3,3 bilhões.
Leia a matéria completa na edição do propmark de 25 de agosto de 2025