Brand Inclusion Index ainda aponta o Google como a empresa global mais inclusiva
A Kantar publicou o Brand Inclusion Index que foca na percepção das pessoas sobre diversidade, equidade e inclusão em relação às marcas, levando em consideração o que os consumidores veem, sentem e pensam.
O levantamento levou em consideração a opinião de mais de 20 mil entrevistados em 18 países e cinco regiões, incluindo o Brasil. As marcas foram avaliadas em quatro áreas principais: estratégia de Diversidade & Inclusão, diversidade, equidade e inclusão, abrangendo tanto a ausência de ações negativas quanto a presença de iniciativas positivas.
Diversidade, equidade e inclusão devem fazer parte do plano para o crescimento
De acordo com o relatório, embora a maioria das pessoas diga que diversidade e inclusão são importantes, os números são ainda maiores entre a geração Z e os millennials, bem como nas economias emergentes como na África, América Latina e Ásia.
Empresas têm responsabilidade de acabar com a discriminação
Segundo os participantes da pesquisa, as empresas precisam olhar para dentro das organizações, principalmente sobre a experiência dos funcionários, bem como potenciais funcionários, porque é aí que a maioria das experiências de discriminação podem ocorrer. Marcas também precisam prestar atenção às experiências de compras em locais físicos, porque a discriminação também pode acontecer.
A discriminação no trabalho foi apontada por 28% dos entrevistados ou quase três em cada dez pessoas no último ano. O nível de desenvolvimento do mercado não tem efeito e o pior país no ranking é a Coreia do Sul (35%).
Incidência de discriminação atinge o pico nos mercados emergentes
Dados da Kantar mostram que a discriminação é muito mais significativa nos mercados emergentes do que nos mercados "maduros". O impacto da discriminação é também muito mais importante para as pessoas desfavorecidas e sub-representadas.
A discriminação acontece em lugares comerciais em todo o mundo
Entre aqueles que sofrem discriminação, a proporção que ocorre em locais comerciais como lojas, bares e hotéis é notavelmente semelhante em todo o mundo, independentemente do nível de desenvolvimento do mercado ou da localização geográfica.
Seis em cada dez pessoas (58%) sofreram discriminação num ambiente comercial e o os números são maiores para pessoas com dificuldades de pensamento e aprendizagem (68%), também atingindo 61% para LGBTQ+.
A maioria das pessoas pensa que as marcas estão fazendo um esforço
Apesar de atestarem esse esforço no índice da Kantar, as pessoas que responderam à pesquisa em todo o mundo acreditam que ainda existam lacunas a serem preenchidas. Os respondentes acreditam que as marcas crescerão verdadeiramente quando preencherem os espaços sobre inclusão, melhorarem a experiência de funcionários e consumidores em mercados emergentes e com populações de alto crescimento, mas sub-representadas.
Percepções sobre diversidade e inclusão impulsionam decisões de compra
Quase oito em cada dez pessoas entrevistadas concordam que as percepções dos consumidores sobre diversidade e inclusão influenciam decisões de compra. 26% dos entrevistados afirmaram que concordam fortemente com a frase "É importante para mim que as marcas das quais compro promovam ativamente diversidade e inclusão em seus próprios negócios ou na sociedade como um todo", e os números aumentam entre a geração Z e millennials, bem como aqueles que
têm sido tradicionalmente mal atendidos por marcas como pessoas com dificuldades de pensamento e aprendizagem, LGBTQ+ e pessoas com deficiência.
A influência da diversidade e inclusão atinge um pico em relação ao comportamento de compra no Brasil e no Quênia.
Entre os entrevistados, alguns grupos reclamaram que raramente veem alguém como eles nas comunicações de marcas. No Reino Unido, 19% das pessoas afirmaram que raramente ou nunca estão bem representados, mas alguns grupos apresentam uma distorção superior a esta, incluindo pessoas com deficiência (26%) e pessoas que têm alguém com deficiência no ambiente familiar (27%). pessoas de 55 a 65 anos (25%) e a população rural (24%).
Os participantes da pesquisa ainda apontaram quais marcas globais são as mais inclusivas e o Google aparece em primeiro lugar, seguido da Amazon, Nike, Dove e McDonald's.
O Brand Inclusion Index também levou em consideração as empresas mais inclusivas em cada país. No Brasil, a Natura foi apontada como a marca mais inclusiva, segundo os participantes da pesquisa.