Levantamento foi feito pela Croma Consultoria; Sadia aparece em segundo lugar
A Nestlé lidera com folga a percepção de 'saudabilidade' entre os consumidores brasileiros, segundo o estudo 'Tendências Consumo Alimentar', realizado pela Croma Consultoria.
O levantamento ouviu mil pessoas em todas as regiões do país e revela que 22% dos entrevistados associam a marca à alimentação saudável. O índice é ainda mais alto entre a Geração Alfa (41%) e os Baby Boomers (37%), reforçando o papel da Nestlé como referência em produtos considerados mais equilibrados.
A Sadia aparece em segundo lugar, com destaque entre a geração X (18%) e os Baby Boomers (25%). O ranking das cinco mais lembradas é completado por Del Valle (6%), Mãe Terra, Danone, Perdigão, Seara e Jasmine, todas com 5%. Embora distantes da líder, essas marcas reforçam a relevância de grandes indústrias no diálogo com diferentes gerações em torno da saúde e do bem-estar.
Segundo Edmar Bulla, fundador da Croma Consultoria e idealizador do estudo, os resultados apontam para uma mudança gradual, porém significativa, nas intenções e padrões de consumo alimentar.
“A saudabilidade emerge como um pilar central nas escolhas alimentares, com destaque para a crescente intenção de reduzir o consumo de alimentos vilões, como sal, gorduras e açúcares, enquanto opções saudáveis, como frutas, verduras e alimentos integrais, ganham espaço na lista de consumo”, explica ele.
A pesquisa também evidencia marcas com reconhecimento moderado, como Aurora e Verde Campo, que ocupam posições intermediárias e têm a oportunidade de fortalecer sua comunicação e ampliar a associação com atributos de saudabilidade.
Já nomes como YoPro, Activia, Itambé e Ninho aparecem em posições mais discretas, o que indica a necessidade de intensificar estratégias de comunicação e destacar com mais clareza os benefícios nutricionais de seus produtos.
De acordo com o estudo, apesar do protagonismo de algumas empresas, o mercado segue aberto para narrativas consistentes que ampliem a percepção de saudabilidade e conquistem novos públicos em um cenário cada vez mais competitivo.
“O estudo projeta um futuro marcado pela valorização de alimentos funcionais, práticas sustentáveis e mais conscientização sobre o impacto da alimentação na saúde mental e física. À medida que a saúde se consolida como uma prioridade, observa-se uma mudança significativa na percepção e nos hábitos alimentares dos brasileiros”, conclui Bulla.