Ricardo Bezerra e Dandara Almeida, da Tátil Design, serão jurados do D&AD 2023
Ricardo Bezerra, sócio e diretor executivo de design e estratégia, e Dandara Almeida, diretora de criação, ambos da Tátil Design, são dois dos brasileiros que estarão representando o país nos júris do D&AD 2023, festival que acontece entre os dias 8 e 10 de maio, enquanto a premiação ocorre nos dias 24 e 25 de maio, em Londres.
Estreando como jurados, Ricardo será um dos responsáveis pela categoria de "Typhography", enquanto Dandara integra ao time que irá julgar a categoria “New Blood”. Ao PROPcast, os jurados falaram sobre as expectativas para a premiação e o que eles esperam da performance do Brasil.
“Além da expectativa de participar pela primeira vez como jurado, tem a expectativa de encontrar as pessoas presencialmente. Uma coisa é você estar de um lado do balcão, inscrevendo os projetos e outra é você estar do outro lado, avaliando. Então, a gente troca de chapéu ali o tempo inteiro. Está sendo uma experiência bem bacana”, afirmou Ricardo, que terá um encontro presencial com os outros jurados da categoria.
Admiradora do prêmio, Dandara também afirmou que está com as expectativas altas. “Da minha parte, as expectativas estão altíssimas. Primeiro pela relação com o prêmio, que é de admiração porque eu acompanho o D&AD há algum tempo, e segundo pela categoria que eu vou julgar. A ‘New Blood’ é uma categoria interessante porque traz desafios diferentes. Eu estou lidando com novos talentos, então tem uma mudança de olhar na hora de analisar”, afirmou a diretora.
O sócio e diretor-executivo da Tátil Design, que foi homenageado como Top 3 no ranking de Typhography, contou o que espera ver dos trabalhos inscritos na categoria neste ano. “Eu vou avaliar a pertinência. Eu acho que a relevância de um projeto está na pertinência, na conexão que existe entre execução, ideia e estratégia de marca. Outro componente, mais subjetivo, que eu, particularmente, espero identificar é a capacidade de expressar, de fazer sentir. Os projetos que me fizerem sentir, são os que vão se destacar para mim”, explicou Bezerra.
Sobre a performance do Brasil, que em 2022 ficou em quinto lugar no ranking do D&AD, ambos afirmaram que esperam que o país se destaque. “O Brasil tem uma competência criativa que é muito particular e tem feito diferença no cenário criativo mundial. Estamos em um momento de valorizar a criação que vem de outros centros. Vivemos hoje na hegemonia de uma estética que vem de um centro europeu e acho que, ano a ano, estamos desconstruindo isso”, afirmou Ricardo.
“Eu acredito muito na potência cultural brasileira. Existem muitos Brasis dentro do Brasil, então acho que isso, por si só, traz uma camada que se destaca. O Brasil tem esse jeito de ‘fazer com muito menos’, a gente precisa se virar com formas que, muitas vezes, não tem em outros lugares. Isso faz com que a gente chegue em resultados, ideias e pensamentos diferentes”, completou Dandara.