Fabiano Lobo explica que um dos objetivos para 2025 é a ampliação dos eventos e da produção de conteúdo

Depois de se reposicionar e deixar de ser a Mobile Marketing Association, a MMA virou um clube de marqueteiros. “Ainda é uma associação, mas não mais focada em mobile e sim em líderes de marketing”, explica o CEO da MMA Latam, Fabiano Lobo.

Desde 2013 à frente da entidade, o executivo conta que no modelo de membership os associados têm acesso a benefícios como conteúdos exclusivos e aos eventos que promovem. O MMA Impact, o MMA Innovate e o MMA Smarties são os principais eventos para conectar o ecossistema e reconhecer campanhas que tenham impacto nos negócios.

Declarando crescimento em várias frentes, como 40% de aumento no número de inscrições do Prêmio Smarties e de 50% na quantidade de membros, para 2025 as principais apostas de Lobo são ampliar ainda mais os eventos e a produção de conteúdo.

Qual é o balanço da MMA em 2024?
O ano passado começou esquisito, mas finalizou talvez como o melhor ano dos 11 que estou à frente da MMA. A gente cresceu basicamente em todas as nossas linhas, tanto na questão quantitativa como qualitativa. O Prêmio Smarties cresceu quase 40% em inscrições. Os eventos cresceram bastante também. O Innovate dobrou de tamanho e o Impact se consolidou como um gigante. Em termos de eventos, eu diria que a MMA cresceu entre 70% e 80%, considerando todos os eventos. O nosso pipe de novos membros aumentou 50% e, regionalmente, os números são muito parecidos com os do Brasil. Foi um ano que começou difícil, com muitos questionamentos. Todo ano é assim, a gente zera a pedra e começa tudo de novo. O número de parceiros e de membros cresce, mas a gente nunca sabe até ter a certeza absoluta.

O que você atribuiu a essa virada, melhora?
A nossa oferta é muito diferente das ofertas que estão no mercado. Existe oferta de uma empresa que é um meio e organiza eventos. E oferta de uma associação que organiza eventos. A MMA está no híbrido dessas duas coisas. As pessoas entenderam a possibilidade de crescimento em cima dos três pilares que a gente traz, de negócios, educação e inspiração. Foi quase como uma tempestade perfeita que se formou e facilitou para que pavimentasse a rua para a gente ter esse crescimento. E a MMA se move muito rápido. Quando a gente tem uma ideia, testa ela muito rápido e faz com que ela tenha uma aderência rápida à comunidade. Todo mundo acha que o nosso negócio é evento, pesquisa ou podcast. O nosso negócio é a comunidade. Enquanto essa comunidade seguir crescendo, compartilhando os desafios com a gente, facilita muito a nossa vida em relação às entregas.

E que comunidade é essa?
Hoje em dia, no centro da nossa comunidade estão os anunciantes. Mas não qualquer stakeholder do anunciante. São os líderes de marketing, os CMOs, diretores e VPs de marketing, gerentes de marketing e suas equipes. Essa turma está no centro da nossa conversa.

A gente tem o ecossistema todo ao redor, tanto no sell-side quanto no buy-side, as agências, todas as empresas de martech, adtech, publishers, todo mundo servindo aos interesses dessa turma que está no meio, que são os anunciantes. E aí existem comparações. A gente não tem, por exemplo, a turma de compra, legal e compliance dos anunciantes. Entendemos que há uma outra associação que faz isso muito melhor. A MMA focou no marqueteiro. É uma comunidade baseada em como ajudar e educar o anunciante a resolver os seus problemas e crescer o seu negócio, a sua marca, fazer com que as suas equipes estejam inspiradas por meio de vários canais.

O foco é sempre em mobile?
Na verdade, já fomos a Mobile Marketing Association e hoje em dia não somos mais. Hoje temos zero foco em mobile. Fomos muito focados em mobile no passado, mas a partir de 2020, pré-pandemia, a gente já estava falando mais em
marketing do que de mobile. Foi algo normal que aconteceu. Isso porque o mobile engoliu o marketing.

Leia a entrevista completa na edição do propmark de 3 de fevereiro de 2025