A embalagem de um produto é mais que um invólucro com algumas informações. Mas ao mesmo tempo há regras para seguir

São vários os itens que um consumidor avalia antes de comprar um produto. Preço, histórico com o produto ou empresa, facilidade para comprar e, claro, a embalagem, que possui enorme influência no momento da compra, desempenhando um importante papel na estratégia de marketing.

Ela deve ter um rótulo informativo, ser desenvolvida através de um planejamento gráfico e ter um formato atrativo para que possa despertar o interesse de compra.

Uma embalagem bem desenvolvida provoca determinadas sensações aos clientes que o movem a adquirir um determinado produto. Já uma embalagem criada sem um design correto pode levar os clientes a sensação de que o produto não é muito confiável. Na verdade, a embalagem reflete a qualidade de um produto.

Outro item de extrema importância está, por exemplo, na rotulagem nutricional de alimentos, que devem seguir a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA RDC 360/03. Produtos da indústria alimentícia e de bebidas devem seguir os padrões da legislação vigente, assim as embalagens devem conter em seu rótulo a informação nutricional do valor energético, proteínas, fibras, carboidratos, sódio, gorduras trans e gorduras saturadas.

Elas deverão informar em medidas caseiras o percentual de valores diários para cada nutriente declarado conforme reza a resolução ANVISA RDC 360/03.

Como é feita a análise

Para analisar de maneira precisa a quantidade de uma determinada substância e confirmar qual é a concentração descrita na embalagem, utiliza-se uma técnica denominada "titulação".

Hoje em dia, cada vez mais indústrias realizam a titulação química para certificar a qualidade de seus produtos. Através dessa técnica, determina-se a quantidade exata de matéria em uma amostra e para isso é utilizada uma solução de concentração conhecida.

A titulação é uma análise química quantitativa onde a amostra tem sua concentração determinada e como resultado de uma reação química quando misturada com alguma outra substância.

Conformidade, mas com criatividade

As regras para cada tipo de indústria variam bastante, o que é um desafio para designers e mentes criativas. Antes de ter qualquer ideia, é preciso se aprofundar sobre o que é necessário informar ao público logo de cara. Por exemplo, uma sacola de uma loja de roupas não precisa ter tanta informação.

Já uma embalagem de um produto alimentício, como dito antes, ou então uma embalagem de um produto tecnológico, podem ter que contar com tanta informação que não haverá como fugir das letrinhas pequenas de rodapé.

Por isso a conformidade é o primeiro passo. Mas depois sua criatividade pode levantar voo. Com certeza você lembra de produtos que comprou por causa da embalagem ou que ela chamou tanta atenção que foi um elemento de desequilíbrio. A Apple, por exemplo, sempre investiu recursos milionários para fazer seus produtos brilharem os olhos do potencial cliente logo de cara.

Há espaço para cores chamativas? Qual será o destaque do logo da empresa? Há alguma referência, mesmo que seja estrangeira, que pode ser usada? Não faltam fontes para beber e conseguir ser criativo para um cliente. Claro, sempre sabendo quais são suas ideias e expectativas. Não adianta revolucionar um produto e como ele é apresentado quando o cliente quer uma simples mudança.

Indo além do produto

As empresas e marcas em geral estão investindo nos últimos anos em campanhas que vão além de seus produtos. Seja para criar um significado maior na relação com os clientes ou passar uma visão de mundo, as campanhas parecem ficar cada vez mais sofisticadas e com mensagens. Até em suas embalagens isso pode ser notado: por exemplo, cada vez mais marcas destacam como elas são biodegradáveis.

Os pontos positivos disso são claros, mas há marcas que não se aventuram tanto e se restringem a informar o que seu produto entrega e como ele é melhor do que o concorrente. Aqui entra a mesma ideia de alinhamento de expectativa.

A embalagem é a porta de entrada

Seja uma embalagem física ou até digital (pode ser um site, uma rede social), não há dúvidas de que a embalagem ou o empacotamento se compõe em item que não pode ser subestimado e deixado de lado. Cabe às mentes criativas entender o que o produto significa e o que a indústria exige dele a fundo. E a partir disso, criar uma imagem positiva dele para o mundo ver. Nem que seja por um segundo.