Com apoio da ARP, estudo ouviu 313 profissionais, dos quais 68% afirmam estar preparados para os desafios que a tecnologia traz
Uma pesquisa da KPMG de 2023 mostrou que os brasileiros estão na terceira posição entre os países do mundo que mais confiam na inteligência artificial. Esse estudo mostra que enquanto apenas metade da população mundial acha que os benefícios da IA superam os riscos, aqui no Brasil essa é a opinião de 71% da população. E essa constação tem reflexo imediato nos profissionais de marketing do país, de acordo com a pesquisa ‘Como o profissional de marketing brasileiro se relaciona com a inteligência artificial’, realizada pela Cordão com o apoio da ARP (Associação Riograndense de Propaganda), E-commerce Brasil, Grupo de Planejamento, Pmweb, Padrinho Assessoria e Share.
O estudo concluiu que 99% dos executivos de marketing do país estão otimistas, abertos e que a IA vai revolucionar a atividade. Desse volume, 60% acreditam que o efeito da IA é sintomático; para 26%, a revolução acontecerá de fato em 2025; para 13%, nos próximos dois anos; e nunca para apenas 1%. O cenário descortina a palavra que vem de forma imediata à mente dos marketeiros: ChatGPT. “De forma geral, as palavras relacionadas ao assunto têm conotação positiva no sentido de auxílio, produtividade e inovação”, destaca a pesquisa, que também aponta tecnologia, complementaridade, agilidade, automação, dados, transformação e, por exemplo, criatividade, no repertório de expressões de IA.
Apesar das incertezas sobre agenda futura, o profissional de marketing brasileiro se declara preparado para lidar com o crescimento da IA. 3% se consideram especialistas no tema; 17% afirmam que seu conhecimento é acima da média; 48% dizem que estão na média; 26% estão abaixo; e 6% reconhecem que têm pouco ou nenhum conhecimento.
Para 18% dos anunciantes, a cautela sobre IA está na pauta e se sentem menos preparados. Mas as agências de publicidade, uma base de 68%, estão entusiastas. E as consultorias revelam otimismo com 60%. Por outro lado, o uso de ferramentas de IA já é recorrente na rotina de 40% dos ouvidos pela Cordão; 42% usam eventualmente; 13% fazem testes; e 5% afirmam que nunca usaram a ferramenta.
“O primeiro uso de IA foi principalmente motivado pela descoberta de uma ferramenta útil para uma necessidade específica. Mas, chama a atenção o quanto o profissional de marketing também fez o primeiro uso motivado pelo desejo de testar uma novidade ou pela influência de pessoas mais ligadas em tecnologia - o que reforça a predisposição a experimentar novas ferramentas por parte dos profissionais. No entanto, uma minoria foi incentivada pela empresa que trabalha, demonstrando que há pouco incentivo institucionalizado para o uso da IA dentro das organizações”, pondera o estudo ‘IA no marketing — Como o profissional de marketing brasileiro se relaciona com a inteligência artificial?’
“Este relatório é baseado em uma pesquisa com mais de 313 profissionais de marketing brasileiros, cujas respostas fundamentam os dados e gráficos quantitativos apresentados. A coleta de dados foi realizada através de formulário online de autopreenchimento e a amostra foi por conveniência. Os dados quantitativos foram analisados considerando as tendências do mercado, informações globais e entrevistas aprofundadas com especialistas”, esclarece Daniele Lazzaroto, da Cordão, responsável pelas entrevistas, análises e elaboração do relatório.
(Crédito: Foto de Dylan Gillis na Unsplash)