Confesso! Este artigo está atrasado. Perdi o timming da comemoração dos 60 anos do nosso propmark.
Não bastou nossa querida editora-chefe Kelly Dores lembrar da edição especial. No meio do corre do dia a dia, esqueci de sintonizar meu artigo da edição anterior – comemorativa aos 60 anos do propmark – a esse momento tão especial.
Tratei de crescimento e transformação, que não deixa de fazer sentido quando falamos de algo que completa 60 anos. Tratei de perenidade, fazendo um contraponto ao resultado imediato, do trimestre.
Tudo isso tem a ver com o momento do propmark, mas não posso deixar de tratar especificamente da data histórica deste veículo.
Peço então licença para estender a comemoração por mais uma semana.
Afinal, desde a minha primeira pivotada profissional, quando decidi deixar a engenharia e partir para o marketing, o propmark foi uma referência importante na minha carreira e não será uma semaninha que mudará isso.
Quando estive em Cannes pela primeira vez – lá se vão quase 25 anos – o maior anfitrião dos publicitários brasileiros era o propmark, com Armando e seu competente time se desdobrando para criar experiências paralelas na Riviera Francesa.
Quis o destino que eu me tornasse um colunista fixo do propmark, primeiro com a coluna Beyond the Line, quando eu militava nas trincheiras do live marketing.
Depois, com uma pivotada para ESG, (ESG no MKT) transformando a coluna num dos primeiros espaços a provocar uma discussão sobre as questões socioambientais e de ética, também no marketing.
O propmark foi – e continua sendo –, portanto, pano de fundo para as transformações mais relevantes do nosso mercado e, posso dizer, da minha trajetória profissional.
Atingindo agora uma idade que lembra aposentadoria (com 60 anos, já dá para estacionar em vaga especial rsrsrs), o nosso propmark, acompanhando uma visão
ampliada de longevidade, continua mais relevante como nunca, trazendo em suas páginas e nas inúmeras postagens do dia a dia os temas mais importantes do nosso
mercado.
Assim como qualquer profissional que quer empurrar para frente sua aposentadoria, o propmark se transforma continuamente e não deixa a peteca cair.
Uma obstinação do eterno guerreiro Armando Ferrentini, que tem agora o reforço maior do Tiago e do supercompetente time que toca o veículo para frente. Ao longo dessas seis décadas, vimos surgir novos players, que acabaram se posicionando no topo do ranking empresarial, como as big techs, por exemplo, mas vimos também empresas resilientes, que souberam se transformar e gerar novas propostas de valor. São empresas com mais de 60, 70, até centenárias, como Globo, IBM, Coca-Cola, GE, P&G, Siemens, Nestlé e tantas outras que mantêm sua liderança viva ao longo de décadas.
Eu mesmo, superei o estigma dos 60 e continuo estendendo minha vida profissional, sem medo da transformação, ao contrário: contribuindo com ela.
Sinto orgulho em fazer parte do conteúdo do propmark, como colunista, há mais de 30 anos.
Sinto orgulho de fazer parte do júri do Colunistas por esse tempo também.
Tudo é uma questão de relevância. Quando participo de discussões acerca de idade, etarismo, essas coisas, costumo dizer o seguinte: “devemos esquecer a idade que temos e continuar sendo relevante”.
Assim, não importam os cabelos brancos ou as rugas mais profundas. O que importa é a entrega. Se ela continua importante, renovada, a idade fica num segundo plano.
Assim é com o nosso propmark! A gente tem de comemorar, sim, os 60 anos de existência. Mas, na semana que vem tem mais uma edição e ela precisa ser impactante, relevante.
E depois tem outra e outra e outra... Longa vida ao nosso propmark! Tamo junto!
Alexis Thuller Pagliarini é sócio-fundador da ESG4
alexis@criativista.com.br