O mercado de influência no Brasil está entrando em uma nova fase, menos dependente de números inflados e cada vez mais guiado pela combinação que realmente entrega resultado: alcance relevante + autoridade verdadeira.
É aqui que surgem duas forças que vão dominar 2026: os super-creators , os nano e micro influenciadores de nicho. Parece antagonismo, mas na prática, é um casamento perfeito.
Os super-creators são a evolução natural dos “grandes influenciadores”. Eles não são apenas perfis com milhões de seguidores; são marcas por si só. Eles têm linhas editoriais consistentes, narrativas próprias e um nível de credibilidade que rivaliza, e às vezes supera, a mídia tradicional. Isto significa profissionalização absoluta.
Não basta postar. Eles entregam storytelling, formatos próprios, consistência e, principalmente, uma comunidade ativa que os acompanha em cada movimento.
Mas, é com o nano e micro influenciadores de nicho que a conversão acontece. Enquanto os super-creators levantam a bandeira para a massa, os nano e micro influenciadores fazem o trabalho fino: conversão, confiança e intenção real. Eles são os especialistas de verdade
Exemplos não faltam: o mecânico que virou referência no TikTok; a psiquiatra que domina Reels explicando saúde mental; o chef vegano que converte 30% de quem o assiste para o delivery sustentável; a “mãe real” que vende mais carrinho do que outdoor em shopping.
Esses criadores têm engajamento mais profundo, conversas mais íntimas e um poder de persuasão que não se compra, se constrói. E o mercado percebeu está transição. Em 2026, micro e nano serão responsáveis pelo maior ROI da influência, especialmente em campanhas de performance e funil de consideração.
E por que a combinação dos dois vão dominar o Brasil?
A fórmula é clara: super-creators = alcance e nano e micro influenciadores = autoridade e conversão. Quando marcas unem esses dois polos na mesma campanha, nasce o que chamamos de influência em camadas.
O topo do funil: super-creators dão impacto, conversa cultural e awareness imediato. Meio do funil: nanos e micros reforçam credibilidade, explicam, aprofundam e geram intenção. Fundo do funil: nichos ativam recomendações diretas, reviews, testes reais e conversões.
Em um país continental como o Brasil, essa estratégia não é só tendência, é lógica.
Marcas precisam de voz nacional, mas também de influência local, regional, cultural, técnica e emocional. O ano de 2026 será o ano da influência híbrida. O grande presente da era atual é que não existe mais “um influenciador ideal”. Existe o mix perfeito.
As marcas que entenderem isso primeiro vão dominar o jogo: campanhas inteligentes, sustentadas por um super-creator no topo e centenas de pequenos embaixadores embaixo, criando uma teia de confiança impossível de ignorar. É o fim da influência baseada apenas em números. É o começo da influência baseada em impacto real.
Demorou mais o momento chegou: menos estrelismo, mais estratégia. O futuro não é do maior, é de quem consegue equilibrar alcance massivo com credibilidade real. Os super-creators moldam a cultura e os nano e micro influenciadores formam as decisões. Juntos, eles moldam o mercado.
Na minha opinião, as marcas que aprenderem a trabalhar com essas duas potências com inteligência, curadoria e propósito, vão sair na frente, daqui pra frente.
Allex Baptista é fundador do grupo IMM, que abrange a IMMakers 4DS, Ada Influencers e Okto Performance