Muito se discute sobre as previsões de futuro apresentadas pelas grandes mentes nos palcos do SXSW, mas é fora deles que a conexão de fato ganha vida. O SXSW 2025 chega mais uma vez para unir inovação, criatividade e cultura em um só lugar. E, apesar de as palestras serem o coração do festival, o que realmente atrai o olhar do público são as experiências de marca cuidadosamente desenhadas para uma audiência que busca o “próximo grande insight”.

Atuando no setor de live marketing, percebo que essas ativações vão muito além de simples divulgações: elas são construídas para gerar conexões emocionais e reforçar atributos de marca num ambiente onde todos desejam ser surpreendidos. Este ano, uma tendência clara foi a imersão total.

Diversas empresas criaram espaços que despertavam os sentidos e transportavam o participante para outros universos, combinando realidade virtual, interação e storytelling. Em uma dessas ativações, o público assumia o papel de protagonista em um desafio colaborativo, evidenciando valores de cooperação e inovação. O resultado? Uma fila constante de visitantes ansiosos para “vivenciar” a proposta na prática.

Outro ponto forte foi o conceito de hospitalidade ampliada. Algumas gigantes de tecnologia e entretenimento apostaram em lounges que funcionavam como refúgios criativos, oferecendo conteúdo interativo e áreas perfeitas para networking. O impacto para a imagem dessas marcas é enorme: elas passam a ser vistas como facilitadoras de conexões e companheiras ideais em momentos de pausa e inspiração.

Também se destacaram iniciativas de sustentabilidade e impacto social. Desde a escolha de materiais recicláveis até ações de conscientização sobre diversidade, ficou claro que a experiência não precisa ser rasa. Pelo contrário, quando o propósito conduz a ativação, o público valoriza e se sente parte de algo maior.

No fim das contas, o SXSW 2025 mostrou que a experiência de marca vai além de um produto ou serviço: envolve como as pessoas se sentem ao interagir com ele. Para quem atua em eventos, fica evidente que criar um ecossistema envolvente, relevante e alinhado com a identidade da empresa é o caminho para gerar engajamento e deixar uma impressão duradoura na mente — e no coração — de cada participante.

Felipe Malta é VP executivo nacional da Ampro