Quando pequena uma das coisas que eu mais gostava de fazer era desenhar rostos. Nunca fui uma grande desenhista, mas ficava horas olhando fotografias e tentando reproduzi-las.
A arte realista era uma das minhas brincadeiras preferidas. Nunca me dediquei tanto a isso. Então não dá para dizer que evoluí muito o traço. Mas até hoje rabisco um pouco.
Cheguei a estudar o tema, já mais velha, durante uns três anos com o Mauricio Takiguthi, um grande mestre, para tentar aprimorar o olhar.
Outro tema que me chama muita atenção e adoro são documentários.
Costumo assistir sempre que consigo um tempinho, no meio da rotina maluca, de uma casa com marido, seis filhos, dois cachorros e dois gatos. Gosto de saber sobre a vida de artistas, músicos, bandas, celebridades e por aí vai.
Recentemente vimos um documentário sobre a vida de Einstein.
Por algum tempo, estudei escrita criativa com Marcelino Freire, com o desejo enorme de escrever livros.
Mais tarde, em um curso com a Tati Bernardi, conheci a autoficção e me apaixonei pelo gênero.
Aos 38 anos, comecei a publicar alguns escritos. Hoje já tenho quatro livros publicados: ‘Louco é quem não ama’, ‘A terapeuta virtual’, ‘Emiliano’ e ‘Eu me amo (eu acho)’. E está vindo um novo por aí: acabo de ser escolhida pela Editora Urutau, através de uma chamada de originais, para publicação de um novo livro.
Meu novo livro vai trazer contos fantásticos, também baseados na vida, é claro! E fico feliz de ele ter sido escolhido agora para ser publicado por uma editora tão bacana.
Porque esse livro é meu sonho de infância. Desde o nome do livro, concepção do conceito e algumas histórias, trago comigo desde quando era pequena.
Essas coisas podem parecer distantes para você, mas para mim estão totalmente conectadas.
O que me inspira, no final das contas, é a vida real. Gosto de ouvir, contar histórias, desenhar, aprender sobre as pessoas.
A arte realista, o documentário, e a autoficção trazem na essência a verdade. E isso me fascina.
O que me inspira, portanto, é a autenticidade, a transparência, o caráter, a sinceridade.
Eu gosto de perceber, enxergar e conectar com as coisas reais.
Eu gosto de pessoas imperfeitas, de traços mal-acabados, de histórias tortas, da vida como ela é.
Sabrina Guzzon é socia-fundadora da consultoria estratégica Truths